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Geraldo Vandré

Latinidade

Os ventos liberalizantes após o já tardio [sepultamento] do AI-5 estão estimulando, finalmente, as gravadoras a se encorajarem a lançar elepes da música latino-americana com seus intérpretes-compositores mais conscientes. Assim é que "Viva Chile!" (Copacabana, COLP 12378), com o grupo Inti-Illimani, [formado] por Max Berru [Crio], José Seves Sepulveda, Horácio Salinas Alvarez, José Miguel Vargas, Jorge Larrana Ga, e Horácio Vidal, traz um punhado de canguês que, em absoluto, devem estar sendo executadas naquele país.

Exilados

A abertura política não só possibilitou que dezenas de músicas que permaneciam interditadas fossem, finalmente, gravadas ou divulgadas - bem como elepês históricos reaparecessem (exemplo maior: Geraldo Vandré, que continua a ter seus discos, tanto os da Odeon, como da RGE, vendendo como pão quente), mas também permitiu que jovens talentosos de nossa MPB, que por razões políticas se encontravam no Exterior, voltassem ao seu país. E agora eles começam a buscar o seu espaço, após exílios de muitos anos.

A morte na estrada

Domingo, quando viajava de automóvel para Curitiba, o compositor, cantor, ator e escritor Fernando Lona morreu num violento acidente da BR-116. Há menos de 10 dias, registramos nesta coluna o show que faria no Paiol, a partir de quinta-feira, dia 10: "De Cordel e Bordel", acompanhado por Vidal França e Bando de Macambira. Fernando Lona era conhecido mais como parceiro de Geraldo Vandré em "Porta Estandarte", belíssima marcha-rancho, que defendida por Airto Guimorvan Moreira e Tuca, no Festival da MPB, da TV-Excelsior, em 1966, ficou em primeiro lugar.

MPB de 65

Foi na RCA Victor, em 1964/65, que o grupo baiano fez suas primeiras gravações: Maria Bethania, Gil, Gal Costa e Caetano Veloso, ali tiveram suas primeiras chances fonográficas - em compactos que passaram desapercebidos na época. Hoje, com estes quatro cantores na primeira linha do sucesso nacional, o relançamento destas gravações não deixa de ser um apetitoso negócio. Assim, pelo selo Camden, reaparecem antigas gravações dos baianos e mais o pernambucano Geraldo Vandré - este hoje em longo ostracismo artístico.

A boa música

SALVADOR - (VIA VASP TELEX) - Dorival Caymmi Ainda a maior expressão de musica baiana, levou um público de espectadores num dos concertos de musicas popular mais originais que poderia acontecer nesta cidade de tanta musicalidade: em palanque no largo de Pelourinho, entre as casas mais antigas da Bahia, uma dezena delas já com novas cores e iluminação, graças ao projeto desenvolvido pela Fundação do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia.

Baião

Paulo Tapajós, presidente da Associação dos Pesquisadores da Música Popular Brasileira, ex-diretor artístico da Rádio Nacional, produtor de audições do Projeto Minerva, conta que foi em agosto de 1945 que Luiz Gonzaga (Exu, Pernambuco, 13 de dezembro de 1912), no Rio desde 1939, foi ao encontro de Humberto Teixeira para iniciar um empreitada que ele se propunha realizar: lançar no Rio a autêntica "música do Norte". Precisava de alguém que o ajudasse, que escrevesse letras para as melodias que sabia fazer.

A Bossa Nova, vinte anos depois

Passadas muitas semanas de completa paralisação, o Teatro do Paiol reabre suas portas com um dos mais importantes eventos musicais do ano: três shows com o compositor Carlos Lyra, nome-base da música popular brasileira, um dos principais integrantes do núcleo original da Bossa Nova.

Musica

Conhecendo-se melhor o violonista, compositor, cantor e amigo Toquinho (Antônio Pecci Filho, 28 anos) admira-se cada vez mais a sua obra por si só já consagrada, cantada do Amazonas ao Rio Grande do Sul, com as letras do amigo e parceiro querido Vinícius de Moraes.

Tempo feliz da MPB (e da RGE)

A produção de um lp de reminiscências como "Os Grandes Nomes da Música Popular Brasileira" (Premier, RGE/Fermata, 307.2311, outubro/74) não deve deixar de ser melancólico para a atual diretoria da RGE-Fermata, preocupada em reerguer aquela [fábrica] de discos. Pois o desfile dos grandes nomes que integraram o elenco da RGE em seus anos de glória (1957/65), mostra que por ali passaram alguns dos maiores nomes de nossa música popular.
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