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Aramis

Artigos por data (1989 - Abril)

Consuelo, a criação em múltiplas formas

Consuelo Cornelsen e Christina Bastos estão na cidade, mais uma vez cuidando de um evento ligado a Gal Costa. Há algumas semanas, elas agitaram o lançamento do delicioso livro de dona Mariah Costa Penna ("Vidas da Vida") a jovial mãe de Gal, que teve noite de autógrafos com toda a badalação merecida.

O Vison Voador

Ausente há 20 anos dos palcos, a vedete Marly Marley retorna à luz do spot-light na comédia "O Vison Voador", que estréia hoje no Guairão, com uma produção esmerada do comediante Ary Toledo, seu marido, e com a direção de Odavlas Petti. Marly Marley, para tanto, está amparada por um texto (tradução e adaptação de Marcos Caruso) de muito sucesso, pois os ingredientes obedecem à tradição de situações insólitas tendo por base um sofisticado casaco de vison. No elenco, atores sensíveis à comédia: Luiz Carlos Arutin, Eurico Martins, Célia Coutinho, Eliana Orlandi, Ivan Lima e Guilherme Lopes.

Sensual fragrância leva o nome de Gal

A festa tinha cheiro de perfume no ar. Uma mistura floral realçada com cedro da Virgínia, sândalo de Mysore, myrra, almíscar, incenso e bálsamos: os ingredientes do Perfume Gal. A festa aconteceu na noite de ontem em ambiente muito "in" no Garcez, em que o novo aroma só foi ofuscado por outra estrela: a própria cantora.

Peças digestiva, cerebral e tradicional estão em cartaz

Por uma feliz coincidência, a normalmente fraca programação teatral da cidade oferece neste fim-de-semana três espetáculos diferentes - e que além de se destinarem a públicos específicos mostram que é possível ampliar as opções. Quem busca um espetáculo apenas divertido, como entretenimento, tem "O Vison Voador" dos americanos Ray Cooney e John Chapman (auditório Bento Munhoz da Rocha Neto, 21h, ingressos a NCz$ 6,00 e NCz$ 5,00), quase um vaudeville, direção de Odavlas Petti (que no passado já fez coisas melhores) e elenco em que reaparece até a ex-vedete Marly Marley, hoje sra.

Uma nova fase para Dorizon

Enquanto a venda da Confeitaria Iguaçu ao empresário Clovis Lafabati ("Restaurante Arcos", Santa Felicidade) é resolvida em termos de família, João Jacob Mehl, 41 anos, independentemente vai ampliando seus negócios: desde o dia 1º de abril assumiu o Hotel-Estação de Águas Medicinais, em Dorizon (210 km de Curitiba). Em sociedade com o empresário Antônio Kowalski (Transresíduos; Acumuladores Cometa), seu amigo de infância, Jacó vai investir mais de NCz$ 300 milhões para fazer daquele hotel um quatro estrelas, com condições de receber hóspedes de todo o Brasil. xxx

No campo de batalha

Experiência, relacionamento e, sobretudo, simpatia fazem um hotel. O grupo Borcati agiu com inteligência ao convencer Zulmar R. Goulart, um dos melhores executivos da arte hoteleira, a deixar o Araucária Palace Hotel para assumir a direção do Rochelle Park Hotel (Rua Tibagi, 307), aberto há apenas um mês.

Os melhores filmes estão chegando da Escandinávia

Como se não bastassem os filmes "oscarizáveis" - que continuam em cartaz e aos quais se acrescentará, dentro de duas semanas, "Nas Montanhas dos Gorilas" (que apesar das 6 indicações, ficou sem nenhuma premiação), inesperadamente, há o lançamento de dois excelentes filmes que saindo da Escandinávia, foram a grande sensação internacional em 1987, indicados ao Oscar e que vêm entusiasmando públicos de todos os países em que estão sendo exibidos: "Minha Vida de Cachorro" (Bristol, 5 sessões) e "A Festa de Babette" (Cinema I, 5 sessões).

No campo de batalha

Dentro da avalanche de espetáculos teatrais com humor fácil, pitadas de sexo e esquemas de vaudeville que têm sido apresentados na cidade (nesta semana ainda, "O Vison Voador", em cartaz no auditório Bento Munhoz da Rocha Neto), o produtor Fernando Ferreira trará para temporada no auditório da Reitoria (22/23 de abril) a comédia "Três é Melhor" (Ménage à Trois), de Chico Anysio e Gugu Olimecha, direção de José Wilker, com Thereza Mascarenhas, Mario Faini, Nestor de Montemar e Edson Fieschi.

A batalha de Tetê para mostrar Rose

O difícil nem sempre é fazer um bom filme. O complicado mesmo é conseguir fazer com que o filme seja visto. Quem pode dizer isto é Tetê Moraes, 46 anos, ex-jornalista, que com "Terra Para Rose" obteve os mais importantes prêmios entre 1987/1988 - inclusive o Grand Coral, no Festival de Havana-87, mas que enfrenta as maiores dificuldades para lançar este documentário emocionante, profundo e importantíssimo sobre os sem-terras - rodado na Fazenda Anoni, no Interior do Rio Grande do Sul.

O festival de cinema das mulheres em Mar Del Plata

Tetê de Moraes passou por Curitiba de retorno de Mar Del Plata, Argentina, no qual seu filme "Terra Para Rose" foi exibido na abertura do II Festival Internacional de Cine Realizado Por Mujeres (7 a 9 de março).

Quem diria, Josephine Baker acabou por aqui

Há algumas semanas, na sala de projeção do Disc-Tape (Rua Padre Agostinho), uma equipe de jovens filmava uma das principais seqüências de "Josephine". Inspirado claramente em "Laranja Mecânica", o roteiro do diretor André Gentil (desenvolvido em colaboração com Paulo Camargo) previa uma seqüência em que a personagem central, interpretada pela jovem Carla Almeida, 19 anos, amarrada numa cadeira é obrigada a assistir dezenas de vezes um mesmo filme com a cantora Josephine Baker - num processo de lavagem cerebral.

A geração dente-de-leite vai ao vídeo

O cinema está em crise, não há recursos para novas produções mas a criatividade e o desejo de realizar obras em imagens continua a estimular dezenas de jovens. Alguns, com recursos pessoais e muitos sacrifícios, partem para a luta - hoje, com o videoteipe, mais econômico, portátil e imediato. E nesta Curitiba de pouquíssimos cineastas, começa a aparecer uma geração dente-de-leite de videomakers. xxx

Madonna com marketing e as outras cantoras

A mídia funciona: há um mês que simultaneamente nos Estados Unidos e Brasil as mais nobres páginas da imprensa se ocupam do disco "Like a Prayer" da cantora Madonna, no Brasil impulsionada ainda mais pela polêmica da exibição do videoclip que provocou a ira da Igreja e foi cancelada pela Pepsi-Cola, que pretendia usá-lo como parte de uma campanha promocional - o que lhe valeu US$ 5 milhões de prejuízo, motivo para a "Veja" da semana passada dedicar duas páginas ao assunto.

Clara e Paulinho em excelentes reedições

O bom senso parece que chegou nos executivos de algumas gravadoras que estão fazendo o óbvio: promover reedições dos melhores discos. A era do CD estimula remontagens das gravações de intérpretes capazes de alcançar boa vendagem, mas há também o mercado tradicional que anseia entender a chance de possuir gravações, reprocessadas eletronicamente, de intérpretes clássicos. Com isto as raridades do mercado - que chegam a valer até NCz$ 300,00 por parte de colecionadores fanáticos - perdem sua cotação e o público é beneficiado.

A ternura da infância nas imagens perfeitas

Se ainda não existe, algum estudioso deve providenciar urgentemente um livro que examine as relações do cinema com as crianças. Afinal, ao longo dos 100 anos de cinematografia a infância tem, de todas as formas, estabelecido uma presença em centenas de obras cinematográficas - das mais comercialmente exploradoras das emoções baratas até momentos de profunda reflexão.

Criança, mais do que simples personagem

De Chaplin a Lasse Hallstrom (com esta jóia chamada "Minha Vida de Cachorro"), dezenas de cineastas se voltaram ao universo infantil para sensibilizar públicos das mais diversas latitudes. Em 1921, Charles Chaplin - cujo centenário de nascimento está merecendo, naturalmente, as maiores comemorações - já mostrava toda ternura capaz de render um filme sobre uma criança em "O Garoto" (The Kid), com Jackie Coogan (1914-1980), então com 7 anos.

Vejam só, Coppola e Napoleão para inaugurar a pedreira!

Agora que reassume a Prefeitura, entre tantos assuntos que aguardam sua definição, o prefeito Jaime Lerner vai encontrar tempo para tratar de uma idéia que o faz exibir o seu mais dentifrício sorriso: inaugurar a "Pedreira do Século XXI", com um espetáculo grandioso, em julho, unindo música, cinema e muitos fogos de artifício.

Há 62 anos, Gance já fazia Cinerama

A remontagem de "Napoleon" de Abel Gance, patrocinada por Francis Ford Coppola - num dos períodos de prosperidade de sua Zoetrope Productions (que acabou falindo, devido a projetos megalomaníacos), foi uma homenagem que o diretor de "Apocalipse Now" desejou fazer ao gênio de Gance, como ele, também um visionário cineasta que, no início do século, buscava projetos audaciosos - como a idéia de antecipar em quase 30 anos o cinerama - num processo de filmagens (e projeção) tríplice, com extraordinários efeitos.

La Morita, o belo flamenco no Guaíra

La Morita. Alta, cabelos negros, sensual - uma imagem da dramática cigana Carmen. E dançarina. Ela é Amália Moreira, argentina de Buenos Aires, 45 anos, 40 de ballet - a La Morita, uma artista de ligações curitibanas. Aqui chegou há alguns anos, em companhia de seu marido, o cigano Iosska Santa Ana e mesmo sem interromper uma carreira que tem levado para muitos países, se fixou entre nós. Atuou como professora de flamenco, teve sua própria academia e ajudou a criar um grupo de danças antigas.

Embarque nesta flor e viaje em dois tempos

"Numa queda d'água, o que importa é a queda, não a água." (Boris Vian, 1920-1959) xxx
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