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Vicente na OIT

Quem tem talento vai longe: o arquiteto Vicente Ferreira de Castro, superintendente da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba, foi convidado para integrar o conselho de consultores de um projeto multinacional desenvolvido pela Organização Internacional do Trabalho, no sentido de desenvolvimento de pequenas comunidades em zona rural e o aproveitamento da mão-de-obra obra. No início do mês, Vicente embarca para a Europa devendo participar da reunião com os técnicos da O . I . I ., em Genebra, Suíça, de 25 a 27 de julho. *** O convite para mais essa importante missão internacional a Vicente originou-se da leitura que um dos executivos da OIT, Donald Fillinger, fez em agosto do ano passado do objetivo artigo sobre planejamento urbano do Paraná publicado por Vicente no número 249 da revista "Ekistics", editado pelo escritório de arquitetura e planejamento Doxiades, em Atenas, e considerada a mais importante publicação do setor de planejamento existente no mundo. Fillinger gostou das idéias e lhe escreveu, nascendo uma correspondência que, agora, valeu o convite para integrar-se ao grupo de consultores que orientará o projeto, a ser desenvolvido em quatro países subdesenvolvidos - Tunísia, Índia e Tailândia. Pensou-se, inicialmente, em incluir o Brasil no projeto mas como já passamos a categoria de pais em desenvolvimento, será escolhido um quarto país - para completar o quatro. *** Professor no curso de arquitetura da Universidade Federal, ampla experiência em planejamento urbano, com cursos na Inglaterra, tendo, entre outros projetos, desenvolvidos no Plano Diretor de Foz do Iguaçu, frente a nova realidade de Itaipu, Castro Ferreira é um dos mais brilhantes arquitetos de sua geração. Nos últimos 2 anos tem se dedicado exclusivamente a Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba, cujo plano diretor já se encontra concluído, aguardando apenas a aprovação do conselho diretor da Comec. Em 60 dias o plano estará impresso, num máximo de 60 páginas e com programação visual do arquiteto Manoel Coelho. ___________________________________________________ Uma infeliz e antipática declaração do deputado paranaense Minoro Miyamoto, na cidade de Uraí, ("A imprensa brasileira é a grande responsável pela atual situação do país. A maioria dos jornalistas não passa de fomentadores de boatos, com o objetivo de criar um clima de tensão") , publicada na " Última Hora", do dia 22 último, mereceu o devido troco na irreverente página do jornalista Elias Raide ("Blow-Up") no "Folhetim", suplemento dominicial da "Folha de São Paulo" (26/6/77). Escreveu Raide: "Para exemplificar, ele (nota: o deputado Miyamoto) citou as maiores crises do país: A Guerra dos Emboabas. Confederação dos Tamoios, Quilombo dos Palmares, Guerra contra os Holandeses, Guerra da Independência. Abdicação de D. Pedro I, Guerra dos Farrapos, Guerra do Paraguai, Proclamação da República e a Guerra dos Canudos. E foi preciso segurá-lo: ele ia citar ainda as Cruzadas, a Queda de Constantino pela em 1453, o Rapto de Helena e a Guerra de Tróia!"
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
1
29/06/1977

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