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Uma tese inédita

O professor Geraldo Mattos, 46 anos, coordenador do curso de pós-graduação em Lingüística na Universidade Católica do Paraná, fez ontem, em São Paulo, sua inscrição ao concurso de Livre Docente em Lingüística e Línguas Orientais da Universidade de São Paulo. Aprovado neste difícil exame, o professor Mattos terá mais um título que o auxiliara a reinvidicar a transformação do curso de mestrado em Letras, reconhecido em 11 de novembro de 1976 e já com 16 formados, ao nível de Doutorado. *** A tese que o professor defenderá na USP, já concluída, propõe idéias novas e, de certa forma, revolucionárias dentro dos conceitos tradicionais. Em "Proposta de Uma Nova Teoria Produtiva Conformacional da Linguagem", 228 páginas datilografadas, Mattos leva adiante a proposta iniciada em 1972, em colaboração com seu colega Eurico Back, livre docente de Filosofia Românica da Universidade Federal do Paraná e expostas nas 916 páginas, 2 volumes da "Gramática Construtural de Língua Portuguesa". Em síntese, o professor Mattos aprofunda-se nos estudos e interpretações psicológicos da Linguagem, chegando a três conseqüências profundas: 1) modificação no que diz respeito a aprendizagem; 2) relação a terapêutica de distúrbios de fala e 3) relacionamento com a tradução mecânica. São idéias e propostas muito bem fundamentadas, demoradamente pensadas e que deverão fazer com que sua tese, quando publicada, venha a ter uma repercussão mesmo internacional, pois até onde o mestre pode pesquisar, elas são absolutamente inéditas. *** Fluminense de Teresópolis, desde 1955 no Paraná, com 23 anos de magistério - hoje dividindo seu tempo entre a Universidade Católica do Paraná e algumas aulas no Colégio Militar de Curitiba, o professor Mattos já ostenta um curriculum, invejável. No qual se destaca, naturalmente, à autoria de 12 livros de poesias, pesquisa e ensino e, em co-autoria com Eurico Back, 20 outros, estes principalmente na área do ensino. A ESPERADA LOLA Realizado há 23 anos, só agora chega as telas de Curitiba a versão integral de um dos mais citados filmes da história do cinema moderno: "Lola Montez", do diretor franco-alemão Max Ophuls (Maxilian Openheimer, Sarre, 1902 2 Hamburg. 1957). Biografia romanceada da vida da "escanadlosa"(segundo conceito da época) Maria Dolores Porriz Y Montez, condessa de Lansfeld - mais conhecida como Lola Montez, uma das favoritas do rei Luís II, da Baviera, o roteiro deste filme foi de Cecil Saint-Laurent. *** "Lola Montez" foi a culminação da exuberância figurativa e romântica na obra de Max Ophuls, realizada com grandes recursos na época: um orçamento de 650 milhões de francos franceses. Rodado em 1955, foi, ao lado de "Vidas Amargas" (East of Eden, 1954, de Elia Karan) e "Nasce Uma Estrela" ( A Star Is Born, 1954, de George Cukor), um dos primeiro filmes a utilizar com grande censo estético as potencialidades do sistema cinemascope, que teve, em termos históricos, sua primeira experiência dois anos antes ("O Manto Sagrado/The Robe", 53, de Henry Koster). Vítima dos produtores, a versão original de "Lola Montez" foi mutilada e assim o seu lançamento foi renegado por Ophuls, que viria a falecer dois anos depois. Em 1968, Pierre Braunberger recuperou os direitos e lançou uma nova cópia, integral, e que esperamos que a que a Fama Filmes estréia hoje, em duas sessões, 14,30 e 20,30 horas, no Cinema 1. *** A personagem título, Lola Montez, é vivida por Martine Carol (1922-1967), uma das atrizes famosas nos anos 50, e que estava no esplendor de seus 33 anos quando fez esta fita, ao lado de Peter Ustinov, Anton Walbrook (como Luís II, da Baviera), Ivan Desny e, então iniciando sua carreira. Osckar Werner.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
1
30/03/1978

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