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Aramis

Uma diretoria que pode ser extinta

Uma boa sugestão levada ao secretário René Dotti, da Cultura, e que se tiver sua boa vontade poderá fazer com que o governador Álvaro Dias enxuge a administração da Fundação Teatro Guaíra sem causar maiores traumas: a eliminação do cargo de Diretor de Programação e Artes. Vago desde o dia 1 de janeiro, quando a jornalista Lúcia Camargo, que ali se encontrava desde abril de 1987, tomou posse como Secretária Municipal de Cultura, o cargo pode ser suprido, perfeitamente, por uma ágil assessoria, diretamente subordinada ao diretor superintendente. Aliás, considerando-se exemplos ocorridos em administrações anteriores, desde quando a Fundação Teatro Guaíra foi criada e ainda na administração Paulo Pimentel, a existência de 3 diretorias só tem criado problemas administrativos e mesmo de convivência entre os designados para preenchê-las. Uma prova de que se pode obter eficiência com menos diretores foi dada durante quase dois anos, na administração Ney Braga: quando o advogado Aldo Almeida - hoje o poderoso Secretário Municipal de Finanças - deixou a superintendência do Guaíra, para reassumir suas funções na iniciativa privada, o então secretário Luís Roberto Sales, simplesmente deixou vaga a função e, até o final da administração, apenas dois diretores - Marcelo Marchioro e Mario Otto, cuidaram da casa. Com ótimos resultados, aliás. Um breve flash-back: o Guaíra teve sua fase de ouro quando era apenas uma superintendência, na primeira administração Ney Braga e parte do governo Paulo Pimentel. O advogado Ótavio Ferreira do Amaral Neto, que ali permaneceu por quase sete anos, na condição de superintendente - diretamente ligado à Casa Civil - fez o Teatro de Comédia do Paraná ter a sua grande fase, implantou os Cursos de Artes Cênicas e o Curso de Dança (núcleo originário do Ballet Guaíra) e, com poucos funcionários, fazia o Guaíra ter uma dimensão nacional. Portanto, se o governo optar em substituir uma cara diretoria de arte e programação por uma assessoria - reforçando assim a autoridade do superintendente, pode economizar bastante e evitar, inclusive, os choques que, inúmeras vezes, têm prejudicado a administração do teatro oficial.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
3
02/02/1989

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