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Tabajara, uma big band nos 294 anos da cidade

Há mais de dez anos, quando dirigia administrativamente a Fundação Cultural de Curitiba, o advogado Constantino Viaro (que agora assume a superintendência da Fundação Teatro Guaíra) fez uma sugestão para que entre apresentação de uma e outra escola-de-samba, no desfile de sábado, houvesse "algo" para distrair o público. A sugestão resultou na contratação de uma jovem cantora e compositora da noite paulista, que veio a Curitiba e, em plena Rua Marechal Deodoro, apresentou-se toda a noite para o público. Seu nome: Tânia Maria. Na época, desconhecida - hoje uma superstar da MPB em Nova Iorque, depois de ter morado anos em Paris. Famosa nos EUA, mais de dez álbuns gravados, quem diria que uma noite, Tânia Maria cantou músicas de Carnaval para o povo de Curitiba! xxx Hoje à noite, pela primeira vez, a mais famosa orquestra brasileira - ou pelo menos a nossa única big band no estilo americano dos anos 30/40 - se apresenta em Curitiba e justamente para o povo, num palco na Rua Marechal Deodoro: a Orquestra Tabajara. Com 23 figuras, e com os quatro irmãos Araújo - Jaime (sax), Plínio (bateria), Manoel (trombone) e o regente e arranjador Severino, na clarineta, a Tabajara faz parte da história da música instrumental da MPB. Há 50 anos, quando ingressou na orquestra, em João Pessoa, o então jovem Severino Araújo de Oliveira (Limoeiro, PE, 23/04/1917), encontrou uma formação que já existia há quatro anos. Um ano depois, com a morte do regente, Severino passou a dirigi-la e, vindo depois para o Rio, conseguiu que toda a orquestra o acompanhasse em 1945. xxx Em mais de 50 anos de história, a Orquestra Tabajara é sinônimo da melhor música brasileira. Grandes músicos já a integraram e o seu estilo - calcado nas big bands - sempre foi forte, graças à batuta de Severino, que hoje às noite, no "Baile da Cidade", no asfalto da Marechal Deodoro, em comemoração aos 294 anos de Curitiba, estará mostrando toda a beleza da música dos grandes tempos em que orquestra era sinônimo de harmonia e beleza.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
17
26/03/1987

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