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Aramis

Revista Vídeo vai escolher melhores

A primeira revista especializada no Brasil, "Vídeo News", editada por Josias Silveira e Orlando Barroso em São Paulo, que chega ao sexto ano, 67 números, ampliou e fez boas adaptações para uma promoção muito significativa: o II Troféu Vídeo News. Realmente, com o extraordinário crescimento do mercado e, principalmente o saneamento, com o Concine pondo para correr os desonestos donos de locadoras que insistiam em trabalhar com fitas piratas (em Curitiba, ainda há alguns malandros que estão com seus dias contados), uma promoção como esta é salutar, pois permite que se tenha uma visão globalizante do que de melhor saiu em vídeo no ano passado. A promoção subdivide-se em vários itens - da forma mais democrática possível. Assim, os leitores apontarão o melhor lançamento (por voto popular), enquanto que um (pequeno) grupo de críticos e redatores de colunas de vídeos do Eixo Rio-São Paulo, presidido por Rubens Ewald Filho (o maior especialista na área, em termos de informação), fará também uma escolha do "Melhor Vídeo". Já as locadoras indicarão entre as distribuidoras aquela que merecerá o "Grande Prêmio de Marketing", ou seja, uma distinção a distribuidora de fitas de vídeo que mais se destacou em 1987 - que foi o ano da consolidação do mercado de vídeo no Brasil, com o aumento da quantidade de fitas seladas e conseqüente redução nas fitas piratas. Esse prêmio foi a forma que a direção da revista "Vídeo News" encontrou para homenagear as locadoras que souberam se manter no mercado trabalhando de forma séria e competente, e também às distribuidoras, que durante o ano, passaram a se relacionar de outra forma com as locadoras. Além dos quatro prêmios principais, o "II Troféu Vídeo News" terá menções honrosas em 14 categorias. Já o Concine indicará a "Fita Selada Mais Vendida", com base nos registros dos selos fornecidos durante todo o ano. No I Troféu Vídeo News, o "Melhor Lançamento" (de 1986) foi "Indiana Jones e o Templo da Perdição", de Steven Spielberg (CIC Vídeo), que - numa prova de que o júri acompanhou o gosto popular - acabou sendo também o vídeo mais vendido até hoje no Brasil. Mas não foi o mais vendido em 1986: esse prêmio acabou ficando com "Isto É Pelé", da Globo Vídeo, com um total de 11 mil cópias até dezembro daquele ano. Sessenta distribuidoras em atividade no Brasil lançaram mais de mil títulos no País em 1987 - 400 dos quais foram filmes eróticos. Portanto, para escolher o melhor título, ao menos por parte da crítica - integrada por Adilson Laranjeiras ("Folha de São Paulo"), Cláudio Odri ("O Estado de São Paulo"), Wilson Cunha (revista "Manchete"), Leon Cakoff (crítico da "Folha" e organizador da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo) e Rubens Ewald Filho, não será fácil. Haja disposição para ver tantos vídeos.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Vídeo/Som
8
25/02/1988

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