Renoir & o seu tempo
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 30 de julho de 1991
Após "Escritos Sobre Cinema" (1926-1971), a editora Nova Fronteira está editando outro fundamental livro para entender a obra e o pensamento de um dos mais importantes cineastas: "O Passado Vivo" de Jean Renoir (1894-1979). Filho de um mestre pintor impressionista, August Renoir (1841-1919), Jean realizou obras-primas ("A Grande Ilusão", "A Regra do Jogo" , "A Besta Humana") que serviram de paradigma para a Nouvelle Vague (em especial Truffaut) e mesmo para cineastas americanos.
Mesmo com seus filmes pouco conhecidos no Brasil, é importante ler seus textos reflexivos, profundos, como os que estão reunidos nas 186 páginas deste "Le Passé Vivant" (edição original Cahiers du Cinema,1989), em tradução de Raquel ramalhete, que mostram o Renoir contador de histórias, roteirista, polemista, falando de seus filmes e personalidades como George Simenon, Jacques Becker, Marcel Pagnol, Clifford Odets, Pablo Picasso, Eric von Stroheim, John Ford, Orson Welles e, naturalmente, seu pai, Pierre-August Renoir e seu irmão Pierre, pai do fotógrafo Claude Renoir que trabalhou com o tio em vários filmes.
Enviar novo comentário