Login do usuário

Aramis

As rendas dos cinemas

A publicação dos balanços do ano de 1973 das empresas do grupo Zonari, em Curitiba, veio revelar não apenas o movimento financeiro dos principais cinemas da cidade mas indicar as tendências do público curitibano em termos de freqüência as nossas casas de exibição. Assim o Vitória continua a ser a casa mais rentável, com um faturamento total no último ano de Cr$ 1.452.740.000 seguido do São João (Cr$ 1.428.552,50), enquanto o Avenida - até janeiro último com uma programação exclusivamente na base do bang-bang, apesar de sua excelente localização, não chegou sequer a casa do milhão de cruzeiros: em 365 dias faturou Cr$ 983.224,00. O Arlequim, durante anos em cinema deficitário, graças a nova sistemática de programação - 2 filmes, sessões corridas a partir do meio dia (e durante algum tempo funcionando até as 4 horas da manhã) melhorou a arrecadação no ano passado, encerrando com Cr$ 525.632,50. Marabá - um dos mais antigos cinemas da cidade, instalado por Paulo Sá Pinto no antigo Teatro Hauer, nos anos 50 e reinaugurado em 1962 com a superprodução "Pepe" - é hoje o cinema mais deficitário da Fama Filmes: apesar de todas as tentativas de melhorar a programação - primeiro filmes de apelo erótico, depois reprises de êxitos de bilheteria em sessões de 4 horas - rendeu em 1973 apenas Cr$ 145.684,00. O Excelsior - hoje transformado em cinema de arte - faturou um pouco mais: Cr$ 163.976,00, enquanto o Glória também ficou com baixa renda: Cr$ bombonieres, que apresentaram uma cifra apreciável: Cr$ 11.997,12. O que leva a conclusão, analisando-se os freios 7.383.189,00 somando-se a este total o faturamento das bombonieres, que apresentam uma cifra apreciável: Cr$ 438.254,50, sendo que os espectadores do Vitória foram os que mais comeram doces durante as sessões (Cr$ 120.093,00). Distribuidos em duas empresas subsidiárias, a vitória Cinematografica S/A., com os cines Arlequim, Excelsior, Gloria e Opera, para o faturamento global de Cr$ 2.207.375,50, teve o lucro de Cr$ 11.997,12. O que leva a conclusão, analisando-se os frios números do balanço, de que os lucros dos exibidores não são hoje tão grandes quanto eram no passado.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Tablóide
29/05/1974

Enviar novo comentário

O conteúdo deste campo é privado não será exibido publicamente.
CAPTCHA
Esta questão é para verificar se você é um humano e para prevenir dos spams automáticos.
Image CAPTCHA
Digite os caracteres que aparecem na imagem.
© 1996-2016. tabloide digital - 35 anos de jornalismo sob a ótica de Aramis Millarch - Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Altermedia.com.br