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Aramis

Regina, mais um prêmio literário

Mais do que um novo troféu que se virá acrescentar à já expressiva coleção de láureas literárias reunidas ao longo de mais de 20 anos de atividades intelectuais, a escultura de Vasco Prado, simbolizando o primeiro lugar no Concurso José Guimarães, que a jornalista e escritora Regina Benitez receberá hoje, em Porto Alegre, representa mais uma confirmação ao talento de uma de nossas criadoras de maior voltagem. Desde seus tempos de adolescente, quando cometia seus primeiros textos de ficção, Regina já procurava uma linguagem própria, quebrando tabus e não deixando de fugir aos padrões (bem comportados) de ficção que os seus colegas de geração faziam no início dos anos 60. A partir do título de seu primeiro - e até hoje único livro publicado - "A moça do corpo indiferente", Regina mostrava garra, uma inteligência no uso das palavras e estruturação dos textos que a faria uma vencedora de inúmeros concursos literários. Apesar de nunca ter interrompido totalmente sua produção literária, mas na humildade que caracteriza os talentos verdadeiros (que diferença de comportamento com tantas mediocridades municipais que se vivem autopromovendo até em tentativas nacionais) , Regina nunca fez questão de mostrar mais organizadamente seus textos. Mesmo sua participação (e quase sempre com destaque, quando não os primeiros prêmios) em concursos literários só acontecia (e por vezes ainda acontece) devido a insistência dos amigos - poucos mais sinceros - que têm acesso aos seus originais. Com três integrantes do que chama de "Trilogia da Perplexidade" - "Espelho", "Pequena e Frágil" e "Igual as Estranhas Mulheres de Marc Chegall" - Regina foi, por unanimidade, merecedora do primeiro ligar do Concurso Josué Guimarães, promovido pelo Instituto Estadual do Livro do Rio Grande do Sul e Universidade de Passo Fundo. Material para publicar livros não falta à Regina,. Calcula que tem mais de 400 "estórias" - como define seus textos. Nos últimos meses voltou a uma produção regular - ao menos um novo conto por semana (já houve época em que fazia até um por dia), "mas numa criação individual, sem qualquer pretensão" - diz em sua admirável modéstia.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
3
12/08/1988

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