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Aramis

Quarteto Orlando e Beaux Arts Trio

Só em ocasiões excepicionais, com patrocínio de governos ou grandes multinacionais , é possível às orquestras viajarem. Assim, é raro se poder apreciar orquestras como de Viena ou a Concertbown, que, este ano, estiveram no Rio e São Paulo. Em compensação, trios, quartetos e quintetos podem, com maior facilidade, se deslocarem em turnês, embora hoje, como dólar chegando aos Cr$ 13.000 - (e os cachês internacionais têm que ser na moeda de Tio Sam ) - torna-se impossível a entidades como a Pró-música, trazer a Curitiba os bons grupos que, no passado, aqui escalavam com frequência. Resta, estão, o consolo de ouví-los através de ótimas gravações. A Polygram, por exemplo, está lançando dos excelentes álbuns com o Quarteto Orlando e um com o Beaux Arts Trio. O Quarteto Orlando, formado por István Párkany e Heinz Oberdorger nos violinos; Ferdinand Erbich na viola Stefan Metz no violoncelo, interpreta a célebre "Quarteto para cordas, nº 14 em ré-menor ("A Donzela e a Morte") de Franz Schubert (1797-1828), numa gravação feita na Suiça em setembro de 1983. Este quarteto foi concluído por Schubert em 1826, quando estreou, a 1º de fevereiro, numa capela particular. Para o público, só houve uma apresentação em Berlim, no dia 12 de março de 1833, cinco anos depois da morte do compositor. Já para interpretação de Amadeus Mozart (1756-1791), uniu-se ao Quarteto Orlando, também o oboísta Heins Hollinger, o baixista Henk Guldemond e os executantes de cornoinglês Herman Baumann e Michel Gasciarrino. As obras interpretadas neste segundo LP (Philips,Digital) são o Quarteto em fá maior, para oboé,violino,viola e violoncelo; o Adágio em dó maior para cornoinglês, 2 violinos e violoncelo e os Divertimento nº 11, em ré maior. xxx O trio Beaux Arts está completando 30 anos de existência. A formação atual - Menahem Pressler (piano), Isídoro Cohen (violino) e Bernard Greenhouse (violoncelo) data de 1968, já que entre 1956/67, outros virtuosos participaram deste grupo dos mais conceituados internacionamente. Em gravação Philips/Digital, registrada em maio/83 no estúdio La Chaux-de-Fonds, na Suíça, temos duas obras pouco editadas em gravações à disposição dos colecionadores brasileiros: o trio para piano, violino e violoncelo em lá menor de Maurice Ravel (1875-1937), composto em 1914 (e executado pela primeira vez no ano seguinte) e ao trio em sol menor, opus, 3, de Ernest Chausson (1855-1899). É interessante a união de duas peças de Ravel e Chausson numa mesma edição. Ainda que de maneira difenrente, eles foram dosi compositores extremamente meticulosos que só nos deixaram algumas obras de câmara. Chausson foi aluno de César Frank, o que explica certas influências em sua obra. Já o trio de Ravel, que se ouve nesta gravação, é uma obra da maturidade, aliás, uma das mais longa do célebre autor de "Bolero"
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Tablóide
34
01/12/1985

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