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Aramis

A poesia em outdoor e a reedição de Glauco

Algo inédito aconteceu na semana passada em Curitiba; grandes out-doors, anunciando um produto que raramente ganha espaços - a poesia " Doces Beijos Amargos" de Ricardo Viveiros ( Editora Rios, 114 páginas, Cr$ 3.000,00 ) ganhou para seu lançamento durante a Feira Inter-Colegial do Livro ( e tarde de autografos na Livraria Curitiba ) belos out-doors, num projeto de markenting que já fez surtir seus bons efetos: centenas de exemplares foram autografados pelo autor, carioca de nascimento, mas que viveu 12 de seus 34 anos em Curitiba ( 1956 / 1968 ). Por isso, embora radicado em São Paulo, bem sucedido tanto na vida empresarial como literária, Ricardo não se esquece de Curitiba e sempre aqui retorna. Desta vez veio com dupla satisfação: lançar seu sétimo livro de poesias e cuidar da editoração de " Arzulsol ", obra póstuma de Glauco Flores de Sá Brito ( 1913 - 1970 ), dramaturgo, ator , diretor e sobretudo poeta - de quem foi uma espécie de afilhado espiritual poético. xxx " Após os 40 anos quero viver apenas do que escrevo". Esta é a meta que Ricardo Viveiros se propôs há alguns anos, depois de ter feito dança, direção e trabalhado em teatro e cinema no Rio de Janeiro, inclusive aparecendo com destaque em dois filmes - " Intimidade de Michael Sarne" e " O Monstro de Santa Teresa" de Willian Cobbet. A arte sempre esteve em sua vida. Filho de um casal de artistas que colecionaram premiações no saudável teatro amadoristico dos anos 50 - Dione e Luciano Cedro ( " A Margem da Vida", " Do Mundo Nada Se Leva" etc.), Ricardo cresceu no mundo das artes. No Rio, encontrou Sérgio Brito um amigo que estimulou a fazer teatro e teleisão. Entretanto era a literatura - especialmente a poesia - que o fassinava e assim, em 1976, se transferiu para São Paulo, levando seus quatro primeiros livros ( "Jovens em Festa", 66 ; "Tempo de Amor e Guerra", 1968, "Canto ( quase) Sem Desencanto, 1970 e "Poemas Para Ninar Tristezas", 1976 ) e muita disposição para vencer na grande cidade. Idealismo trabalho e talento formaram o tripé que permitiu fazer com que "Nas Asas do Vento", lançado em 1977, pelas edições Loyola, o tornassem um poeta conhecido nos meios intelectuais de São Paulo. Ocupando diferentes funções chegou a direção do Museu Histórico Padre Anchieta, na qual introduziu várias mudanças, dinmizando suas atividade. Sem parar de fazer poemas - estadendo inclusive para letras de MPB, em parceria com o mineiro Willian Sena ( que em breve terá um Lp editado no selo Carmo, de Egberto Gismonti ) e o baiano Capenga. Ricardo transferiu-se depois da bem sucedida experiência de musólogo para a direção executiva da Central de Out-door. xxx Representando 72 grandes firmas que trabalham na publicidade ao ser livre, a Central de Out-door, com a direção de Ricardo Viveiros, ampliou suas atividades. Os grandes espaços passaram a receber placas de apelo a arte, utilidade pública e beneficencia. Só em São Paulo muitas das 4500 placas ali existentes ( e que somente no ano passado faturaram quase 7bilhões),passaram a abrigar, gratuitamente a participação de artistas ( " A História da Arte", " O Circo no Parque" ) campanhas de utilidades píblica ( " Balão é Fogo", " Corrida Mata" etc. ) e beneficente ( auxilios aos flagelados do Sul e do Norte, Feira da Bondade etc ). Nos espaços de out-doors, artistas de fama nacional aceitaram fazer trabalhos de apelo comunitário, em projetar tão bem sucedidos que no segundo semestre de 1984 serão levados a Recife, Salvador, Belo Horizzonte, Brasilia , São Paulo, Porto Alegre e Curitiba. xxx Em sociedade com ator Kito Junqueira, Ricardo Viveiros vai se lançar na produção teatral, já com os diretos adquiridos de dois dos maiores sucessos da Broadway na temporada 1977 / 78 : o musical infantil "Peter Pan" e a bem humorada transposição aos palcos de " Dracula " , que se consagrou o ator Frank Lagella. Atualmete Ricardo prepara um novo livro, desta vez distinado a infância ( "Seria Bom se Fosse Verdade"), enquanto vê seu "Doce Beijo Amargos", uma cuidadosa edição com prefácio de Dom Evaristo Arns, Ilustrações e capa e Zélio, esgotar-se nas livrarias ( em São Paulo , 3 mil exemplares vendidos em apenas 20 dias ). Mas em termos afetivos, o projeto que mais o fascina é o livro " Azusol ", com poemas que o Inesquesivel Glauco Flores de Sá Brito deixou iinéditos, reunidos seus dois outros livros, ambos esgotados: " O Marinheiro" e " Cancioneiro de Amigo". Neste projeto, Ricardo está associado ao maior amigo que Glauco teve em Curitiba - o advogado Aristeu Berger, ao poeta Walmir Ayala ( que já escreveu o prefácio ) e o artista plástico Carlos Scliar - que faz a capa e ilustrações. Uma homenagem mais do que merecida a Glauco, hoje nome do miniauditório do Teatro Guaira,uma personalidade fascinante na fria Curitiba dos anos 50/6, aqui deixando uma imensa contribuição ao Teatro e a Televisão em seus tempos de pioneirismo. LEGENDA FOTO - Ricardo Viveiros : o bom makenting da poesia.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Tablóide
23/05/1984
ei
ei eu queria homenagens ou poesias para curitiba

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