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Aramis

Papai Noel (Nutels)

Há 4 anos, quando esteve pela última vez em curitiba, o indianista Noel Nutels foi jantar com um dos melhores amigos o artista Franco Giglio (que na terça-feira, dia 14, inaugura exposição na galeria do Inter-Americano), no restaurante Palácio e ali aconteceu uma cena lírica. Barbas grisalhas, com um pulover vermelho e chamado por seu primeiro nome, o sertanista impressionou algumas crianças que estavam numa mesa próxima com os pais. Ao final, a [menor] - uma menina de 3 anos, cabelos loiros, se aproximou, perguntando: - O Senhor é mesmo o Papai Noel? - Meu nome é Noel. - Puxa, e eu que pensava que o senhor só vinha à terra em dezembro!. Era o mês de julho e aquela foi a última passagem do admirável Noel Nutles por Curitiba onde deixou muitos amigos. Ontem, esta história era relembrava como digna de figurar no livro "Noel Nutels/Memórias e Depoimentos", que a José Olympio acaba de lançar, abrindo com uma ilustração de Poty, um de seus melhores amigos e que reúne 24 textos e quase uma dezena de ilustrações que dão a exata dimensão da grandeza humana do médico, indianista e intelectual que foi Noel Nutels (24 de abril de 1913/10 de fevereiro de 1973). Desde 1943, quando foi admitido como médico da Fundação Brasil Central, tornou-se o mais dedicado amigo dos índios brasileiros, quer como cientista quer como homem, entregando-se ambos, com o mais perfeito idealismo, à causa da preservação do patrim6onio físico e cultural dessas populações herdadas da descoberta.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Tablóide
4
09/05/1974

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