Os terrenos do INPS
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 25 de maio de 1977
Desde que assumiu a presidência do Instituto Nacional da Previdência Social, em agosto de 1974, o economista Reinhold Stephanes vem se empenhando para fazer a permutada imensa área pertencente ao Instituto, no bairro do Capanema (ocupada em favelas) para Universidade Federal do Paraná, que ali poderá estender seu campus. O INPS receberá alguns imóveis da UFP ( a antiga Policlínica Garcez do Nascimento, hoje sede do Diretório Acadêmico Nilo Cairo, na Ébano Pereira, não entra mais no negócio) e a UFP ganha uma excelente área. O processo recebeu pareceres favoráveis em todos os setores, inclusive da comissão de alto nível formanda pela Universidade, mas empacou junto ao Ministério da Previdência. Um procurador deu parecer contrário, impedindo, com isso, que até agora a permuta seja concluída. Por sina, o mesmo procurador que, há alguns anos, deu parecer favorável a outra permuta: a dos hospitais pelo imenso terreno em São Paulo - caso que se encontra hoje na área do Supremo Tribunal Federal.
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O economista Reinhold Stephanes tem sensibilizado-se com as notícias relacionadas à miséria em que se encontram artistas, hoje velhos e sem qualquer apoio, como o recente caso de Lima Barreto, Que em 1953, com o sucesso de "O Cangaceiro", foi considerado "herói nacional". Acontece que, legalmente, o INPS não pode dar aposentadoria a uma pessoa que nunca pagou qualquer contribuição e assim, Stephanes levou uma sugestão a Funarte: a criação de um fundo especial, para amparar artistas, cineastas autores, etc.
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