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Os 25 anos de Pita no palco

Emílio Pita, paranaense de Londrina, 44 anos, desde agosto de 1967 em Curitiba, só no final do ano se lembrou de uma efeméride pessoal: seus 25 anos de teatro. Afinal, foi em 29 de dezembro de 1962, no pioneiro Teatro Municipal em Bela Vista, fazendo o personagem "Chicó", de "O Auto da Compadecida", de Ariano Suassuna, numa montagem de Geraldo Moreira (a cujo idealismo muito se deve no teatro amador do Norte do Paraná) que começou sua carreira. Neste quarto de século, Pita foi locutor, apresentador de shows, publicitário, homem de marketing, mas o que sempre procurou fazer foi mesmo teatro. Não só como ator, mas também na produção executiva e mesmo direção. Casado com uma atuante advogada, Maria Helena, uma filha - Fernanda, 14 anos, reconhece: - "Tenho exercido inúmeras funções, mesmo algumas fora do palco, mas é a realidade...". xxx O curriculum de Pita inclui uma dezena de premiações ("Gralha Azul", "Governador do Paraná", "Melhor do Ano", etc.), e acredita que já passou dos 70 espetáculos - 45 dos quais profissionais. - "Ao menos, tenho tentado ser profissional e desde o final dos anos 70 vivendo do que o te pode me dar". Antes, foi diretor de marketing e promoção cultural do Curso Camões. Nos últimos dois anos trabalhou em "A Moda de Viola e Bala", "Zumbi", "A Urna", "Colônia Cecília", e, por último, em "Vereda da Salvação", de Ariano Suassuna, na montagem dirigida por seu amigo Oracy Gemba - com quem tem desenvolvido inúmeros projetos. - "É uma relação intensa, de criação, brigas e uma paixão comum: o teatro. Que é o amor maior". xxx Para 1988, Emílio Pita alimenta dois projetos ambiciosos. Em primeiro lugar, uma produção estilo "one-man-show", com textos extraídos da obra de Shakespeare - na linha do que Sérgio Cardoso fez em 1966 em "O Resto é Silêncio". - "Para tanto, preciso encontrar um apaixonado pela obra de Shakespeare que me auxilie a fazer a seleção de seus textos. Afinal, Shakespeare é tão marcante que é difícil separar o que escreveu melhor". O segundo projeto é mais leve: um espetáculo bem humorado em torno de crônicas curitibanas. Partindo de textos de Sérgio Mercer e Nireu Teixeira ("Espeto Corrido"), criar um espetáculo falando de Curitiba, "que hoje também é a minha cidade", acrescenta. LEGENDA FOTO - Emílio Pita com o "Gralha Azul" de melhor ator que recebeu há dois anos, como melhor ator.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
3
09/01/1988

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