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Observatório

O irreverente Jorge Carlos Sde, da Acaíaca, promove na próxima terça-feira o verníssage de mais um artista de talento, mas pouco conhecido no Brasil: Benjamim Buchbinder, fluminense de Niterói, há 23 anos radicado em Israel. Casado com uma israelita, descendente de russos e, segundo sua amiga. Maria de Lourdes Montenegro, conhecida no Oriente Médio como a melhor cozinheira de feijoada brasileira, Benjamin veio ao Brasil para rever amigos e parentes, mas acabou sendo convencido a mostrar seus desenhos. Atualmente prepara peças para uma exposiçào de cerâmica, mas os seus desenhos - para os que já os viram - revelam um grande talento: temas bíblicos, numa visão moderna, adquirem nos traços de Benjamin um tom bastante atual sem perder a força do motivo. Reencontrando-se com o seu País, após duas décadas, diz Benjamin: "O brasileiro está bem mais amadurecido; hoje ele sabe que a cultura não é propriedade da Europa. Quando cheguei em Israel, era comum perguntarem como é que se estudava no Brasil. Se havia escolas. Eu respodia: "Tem um cacique que ensina uns negócios para a gente". Xxx APÓS chefiar por seis anos o distrito rodoviário federal no Paraná, o engenheiro Eny Alves Neves, assumiu ontem, junto à direção geral, no Rio de Janeiro, a diretoria de manutenção, responsável por uma rede de aproximadamente 60 mil km, em todo o País. Com sua escolha, pelo diretor geral David Elkind, para tal função, vagou a chefia do 9o DRF, para a qual foi nomeado o engenheiro curitibano José Maria Carneiro de Loyola Laporte, 46 anos, da turma de 1960 da Universidade Federal do Paraná e há 19 anos integrando os quadros técnicos do órgão rodoviário. Laporte tomou posse na mesma solenidade, no Rio de Janeiro, onde foram igualmente empossados mais dois chefes de distritos: os engenheiros Luís Antonio Ferreira de Carvalho e José de Castro Neto, nos Estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Preenchem as vagas abertas com o trágico acidente, em Ponta Porã, há 3 meses, quando faleceram os chefes dos dois distritos, engenheiro Luís de Sousa Lima e José Chroeder. A transmissão da chefia do 9o Distrito Rodoviário Federal será feita na próxima sexta-feira, 6 de setembro, no auditório Philuvio Cerqueira Rodrigues, no DRF-DNER, em Curitiba. Xxx NO "Rive Gauche", antigo restaurante na Avenida Epitácio Pessoa, 1484, às margens da Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, agora transformado em um gostoso bar musical, o Tamba Trio faz uma nova temporada. Depois de se apresentar em Fortaleza e Curitiba, o importante grupo, pela terceira vez reunido em sua estrutura original - Luisinho Eça (teclados), Hélcio Milito (bateria/percussão) e Bebeto (baixo/flauta), os três também vocalistas, prepara-se para fazer um novo elepe, que, a exemplo do que ocorre com a maioria dos artistasque não estão presos contratualmente às grandes gravadoras, será no esquema independente. "Mas não temos pressa", explica Bebeto: "O disco terá que sair normalmente, com muita dose de verdade, como foram os nossos primeiros elepes, em 1962/3, e que por isso mesmo ficaram. O público quer a verdade:. Hélcio Milito, que passou 5 anos em Nova Iorque, dirigindo a boate Cachaça - e que mantém um apartamento montado naquela metrópole, já confirmou a participação do Tamba no Festival de Jazz, em New Orleans (abril/81), a cidade onde o jazz nasceu. Embora convidado para participarem do Rio-Monterrey Jazz Festival, o Tamba não aceitou. A aventura de um concerto no Maracanãzinho, de péssima acústica, desaconselhava o empreendimento. "E não fomos só nós que assim pensamos", explica Hélio Milito, citando o caso de Charlie Byrd, guitarrista, um dos primeiros músicos a divulgar a Bossa Nova nos Estados Unidos, em princípios da década de 60, e que também não quis vir ao festival de jazz do Rio. Desde que o Tamba Trio estreou no "Rive Gauche", casa pertencente ao tv-man Flávio Ramos e que tem Melo, simpático maitre, com alguma quilometragem de Paraná, na chefia de relações públicas, o movimento da casa aumentou bastante. Concorrendo assim com o Chico's Bar (onde Luisinho atuou por anos), o 21 e o Teclado - outras casas noturnas do Rio, onde se ouve uma música de primeira qualidade. E que nos faz lamentar a inexistência de endereços parecidos em Curitiba, cada vez com menos opções noturnas...embrar
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Tablóide
6
30/08/1980

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