Login do usuário

Aramis

O Carnaval da Odeon

[Primeiro parágrafo ilegível]. Um exemplo do novo comportamento das gravadoras perante o Carnaval é o lp "Samba Maior" (Odeon série coronado 10030, janeiro/75) onde o produtor Liebert, convocou o maestro Nelsinho para fazer arranjos simples para duas dezenas de músicas que talvez aconteçam neste carnaval, mas agrupando-se em blocos homogêneos. Assim temos, a incrível "O boi vai atrás" de João da Praia, juntada a "Marcha do Kung Fu" de Brasinha (com condições de aparecer realmente neste Carnaval) e mais o frevo "Cara Cara" de Caetano Velloso numa faixa de 2:45, tempo exato para garantir sua divulgação intensa nas programações de rádios neste fim de temporada, carnavalesca. Dois dos melhores sambas de Martinho da Vila estão reunidos já numa faixa mais ampla (4:21): "Disritmia/Canta, canta minha gente". No grupo seguinte, temos "1800 colinas" (Gracia do Salgueiro), "Batendo a porta", de João Nogueira - Paulo César Pinheiro - para Sérgio Cabral respeitabilíssimo em sua opinião a melhor música do ano passado e "No silencio da madrugada" de Luiz Ayrão. Duas propostas para o carnaval: de Roberto Corrêa/Jon Lemos "Produto Nacional", e do veterano Zuzuca (Adail de Paula) "Morro Velho", mesmo nome de uma música que lançou Milton Nascimento há nove anos passados. O lado um de "Samba Maior" encerra com "Sete domingos" de Agepê e Canário e o também irônico "Mel e mamão com açúcar", de Wilson Moreira. No lado dois do lp estão quatro dos melhores sambas-de-enredo que as escolas da Guanabara estarão defendendo hoje a noite no asfalto da Avenida Presidente Vargas: "Macunaíma" (David Correa - Norival Reis); "Zaquia Jorge, a estrela do subúrbio, Vedete de Madureira (Avarése) "Imagens poéticas de Jorge de Lima" (Tolito/Mosar/Delson) e "O segredo das minas do rei Salomão" (Nininha - Rossi - Dauro - José Pinto - Mário Pedra). Dos veteranos e competentes Paulinho Soledade e Luiz Reis, temos sambas com condições de aparecerem neste carnaval: "Volta meu amor", e "Salve a mocidade", respectivamente. De Benito Di Paula ao lado do já conhecido "Que beleza", e "Se não for por amor"- E Tom Dito, que com "Tamanco Malandrinho" chegaram a finalíssima da abertura, comparecem em "Samba Maior" com o já conhecido "Malandragem dela".
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Jornal do Espetáculo
14
09/02/1975

Enviar novo comentário

O conteúdo deste campo é privado não será exibido publicamente.
CAPTCHA
Esta questão é para verificar se você é um humano e para prevenir dos spams automáticos.
Image CAPTCHA
Digite os caracteres que aparecem na imagem.
© 1996-2016. tabloide digital - 35 anos de jornalismo sob a ótica de Aramis Millarch - Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Altermedia.com.br