Login do usuário

Aramis

O bom ano de Zé Maria

Embora os ensaios de "O Exercício" já tenham entrado em fase final de ensaios, o ator-produtor José Maria Santos ainda não decidiu quando e onde fará a estreia desta peça do norte-americano Lewis John Carlino. Vai, inclusive, fazer uma escolha de forma original: sortear o nome de uma das cinco cidades onde tem público seguro (Londrina, Ponta Grossa, Lajes, Blumenau ou Florianópolis) para ali começar o roteiro deste seu novo espetáculo, onde atua a admirável Lala Schneider, já aposentada por Cláudio Corrêa e Castro (que a dirigiu em muitas peças, nos bons tempos do TCP) como uma das cinco melhores atrizes brasileiras. A direção é de Eddy Antonio Franciosi, jornalista, dramaturgo e, a partir do ano passado disputado diretor de teatro. Premiado no Festival de Cinema de Gramado como o melhor ator coadjuvante, José Maria Santos, 45 anos, 25 de vida teatral, casado, 5 filhos, e, há muito, o mais profissional dos homens do teatro paranaense. Desde 1970 abandonou outras atividades e vem sobrevivendo apenas com o seu trabalho no palco. Com duas peças do gaúcho Sérgio Jockyman "Lá" e "Marido, Matriz & Filial", a partir de 1973, tem percorrido centenas de cidades, sempre lotando auditórios. No ano passado, com "Doce Primavera" fez temporada o TNC, no Rio de Janeiro. xxx 1977 afigura-se como um ano positivo para José Maria: afora a temporada de "O Exercício", já tem projetos de duas outras encenações "Um Edifício Chamado 200" de Paulo Pontes (1940-1976) e, seu grande sonho, "Quem Tem Medo de Virgínia Wolf?") de Edward Albee, encenada há 13 anos passados, por Cacilda Becker (1921-1969) e Walmor Chagas, dirigidos por Maurice Vaneau. E os reflexos de sua merecida premiação em Gramados já começam a aparecer: o cineasta Alberto Pieralisco o convidou para um dos melhores papéis da versão cinematográfica do romance "A Beira do Corpo", do poeta e crítico de artes plásticas gaúcho Walmir Ayala. xxx Enquanto José Maria Santos ainda não marcou a estréia de "O Exercício", a comédia de Maurício Távora, " Arapuca", já está com data marcada no auditório Salvador de Ferrante: 11 de fevereiro, para temporada de 25 dias. A chilena-gaúcha Lota Moncada estréia como diretora, interpretando ainda um pequeno papel. Mas o grande desafio vai para os atores que sustentam o interessante texto - o veterano Joel de Oliveira e o jovem José Plínio Montezuma. xxx Afinal voltam ao palco espetáculos para as crianças: no auditório Salvador de Ferrante, hoje, às 10 e 15 horas, a equipe da Cabenfale apresenta "Au Au Come Come", de Otto Zigerman, com Aristeu Berger, Daniel Sobrinho, Luiz Fernando Flores, Terezinha Santos, Tereza Saraiva e Lorival Jensen. Sonoplastia de Luiz Carlos Assad e figurinos de Eulga Prado Berger. xxx No Paiol, às 10 horas, está prevista uma apresentação de "O Rei Solimões e a Rainha de Jabá", do curitibano José Argemiro, premiada no Concurso de Textos Infantis da Fundação Teatro Guaíra, em 1975 - Fãs de tango, animai-vos: de 2 a 6 de março, no auditório Bento Munhoz da Rocha Neto, temporada de "Tangos Para o Brasil", reunindo nomes famosos da noite de Buenos Aires. xxx E para os fãs de jazz, dia 23 de março, única apresentação de Art Blakey's Jazz Messargers. LEGENDA FOTO 1 - José Maria
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Tablóide
4
13/02/1977

Enviar novo comentário

O conteúdo deste campo é privado não será exibido publicamente.
CAPTCHA
Esta questão é para verificar se você é um humano e para prevenir dos spams automáticos.
Image CAPTCHA
Digite os caracteres que aparecem na imagem.
© 1996-2016. tabloide digital - 35 anos de jornalismo sob a ótica de Aramis Millarch - Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Altermedia.com.br