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Aramis

Noite de abertura com poetas mortos

Peter Weir, 45 anos, diretor australiano "Pic-nic na Montanha Misteriosa", 75; "Galipoli", 82), consagrado a partir de "O Ano em que Vivemos em Perigo" (1982) e que posteriormente realizou "A Testemunha" (85) e "Mosquito Coast" (86, ainda inédito no Brasil), é o diretor de "Sociedade dos Poetas Mortos", filme de ambições literárias, estrelado por Robin Williams ("Popeye", "Good Morning, Vietnã"), que interpreta seus alunos a viverem vidas extraordinárias. Elogiadíssimo nos EUA e Europa, "Dead Poets Society" somente será laçado no circuito comercial no Brasil em 25 de janeiro - sendo, assim, a sua escolha para abrir o FestRio-Fortaleza foi muito feliz - embora fosse cogitado, inicialmente, fazer na noite de abertura o lançamento de "Lawrence da Arábia", 1962, de David Lean, em sua versão integral, restaurada neste ano e que foi mostrada em Cannes. "Splendore", de Ettore Scola - um filme sobre o fechamento de um pequeno cinema no interior da Itália, também cogitado para a abertura - acabou sendo transferido para a exibição hor concours, no próximo dia 29, quarta-feira. Amanhã, na gala de abertura, será mostrado o curta "50 anos", produção canadense, direção de Gilles Caris. Já para a noite de encerramento, dentro de 11 dias, após a entrega dos prêmios, "será apresentado um filme independente, americano, "Assassinato Sob Custódia" ("A Dry White Season"), e Euzhan Palcy e o curta "Asimbonange", de Kem Kimmelman, produção da Organização das Nações Unidas. Entre amanhã, e o dia 3, um porte visual de imagens em telas amplas e nos vídeos, numa mostra de que mais do nunca a produção cinematográfica está em grande forma. Afinal, no ano passado, quando da abertura do V FestRio, o presidente da comissão organizadora, o produtor Luiz Carlos Barreto, lembrou de que a demanda mundial por produtos audiovisuais - filmes, séries de TV, vídeos etc. - para suprir todo o mundo, passa dos 60 mil títulos. "Esperamos que o Brasil possa ter uma participação maior, em breve, neste mercado", dizia Barreto - que com seu otimismo, deverá repetir estas palavras na abertura desta nova edição do FestRio, que coincide com a decisão do governo Tasso Jereissati em implantar de fato um grande eixo de produção audiovisual neste Estado - assunto para merecer detalhes em próximas colunas.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
3
22/11/1989

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