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Aramis

No cinema, nos palcos, o homem das mil canções

Dos 21 musicais que Berlin escreveu para a Broadway, ficaram centenas de canções. Mas o que o público brasileiro pode recordar melhor são as que foram cantadas por Fred Astaire (que estreou cinco filmes por ele musicados), Ginger Rogers (três), Bing Crosby (dois), Al Jonson, Dick Powell, Alice Faye, Ethel Merman, Howard Keel, Betty Hutton, Donald O'Connor, Danny Kay, Judy Garland - Alguns dos intérpretes que, entre 1929 ("Hallelujah", de King Vidor) até "O Mundo da Fantasia" (There's No Business Like Show Business, 1954, de Walter Lang), estiveram nos 20 filmes que Berlin, diretamente, supervisionou as trilhas sonoras, para muitos escrevendo canções específicas. Vários de seus musicais na Broadway ("Lousiane Purchase", 41; "Annie Get Your Gun/Bonita e Valente", 1950; "Call Me Madam/Sua Excia., a Embaixatriz", 53) chegaram as telas - ao lado de centenas de outras de suas canções terem sido aproveitadas, avulsamente, em musicais (e mesmo filmes não musicais) de várias épocas. No Brasil, é possível encontrar, em vídeos selados, ao menos dois musicais de Berlin: o clássico "O Picolino" (Top Hat", 1953, de Mark Sandrich) com Ginger Rogers e Fred Astaire e, desde o final do ano passado, lançado pela CIC-Vídeo, "Natal Branco" (White Christmas, 1954, de Michael Crutiz) com Bing Crosby, Danny Kaye, Rosemary Clooney e Vera Allen. Na televisão, vez por outra, musicais com canções de Berlin são exibidos e, ainda recentemente, um documentário sobre a música dos anos de guerra, trouxe cenas com o próprio, tirada do musical "This Is The Army", no qual ele próprio subia aos palcos. Em discos, também é possível encontrar algumas de suas obras: nas trilhas de "Bonita e Valente" (Annie Get Your Gun, 1950) e "Desfile de Páscoa" (Easter Parade) foram já editadas duas vezes - a segunda pela CBS, no ano passado. Fred Astaire (1899-1987) gravou na Verve um álbum com os limelights de Berlin, numa preciosa edição que, ironicamente, foi lançado no Brasil pela Polygram, 3 semanas antes da morte do cantor dançarino - em 22 de junho do ano passado. A obra integral de Berlin? Impossível. Talvez nem o mais organizado de seus fãs tenha conseguido reuní-la integralmente, tal a sua dimensão. (AM)
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
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10/05/1988

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