No campo de batalha
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 30 de outubro de 1987
Um grupo de pessoas está usando uma discutível forma para criticar o fato de a Secretaria da Indústria e Comércio, através da Paranatur, não ter agilizado as obras de transformação do antigo cine Vitória no centro de convenções: envio de cartas anônimas - ou com pseudônimos literários (Emílio de Menezes Trevisan, por exemplo), "sugerindo" que aquele local será assumido pela Secretaria da Cultura e transformado num centro cultural.
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A idéia até que pode ser viável e discutida. Só que seus autores deveriam lealmente, se identificarem e não pretender usar espaços jornalísticos, com correspondências apócrifas.
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Mais uma revista surge no Interior: Luiz Carlos Almeida Ribas, de Guarapuava, fez o registro do título de "Flash", para uma publicação editada através da Diretriz Editorial, e propriedade do jornalista Carlos Jung.
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O governador Álvaro Dias concedeu mais algumas medalhas a oficiais da Polícia Militar. Na categoria ouro, receberam medalhas o coronel José Mário Hostin e o tenente coronel Sigurd Waldemar Bengston; e prata, o capitão Jorge Perelles Filho e o 2º tenente Sérgio Luiz dos Santos Castro; em bronze, o primeiro tenente Edson Carvalho. Já o capitão Dilson Douglas Betes recebeu a "Medalha de Humanidade".
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O capitão Dilson Douglas Betes foi funcionário da editora O Estado do Paraná por muitos anos. Aqui começou como fotógrafo, ganhando o apelido de "Portão" - pelo bairro em que residia na época. Fez grandes coberturas na área esportiva e chefiou o setor de laboratório na época em que o nosso jornal tinha sua sede na Rua Barão do Rio Branco.
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Graças a eficiente direção de Leila Pugnaloni, a Documenta (Avenida Batel, 766) está conseguindo manter um bom padrão de exposições. Agora, quem ali expõe é Guilherme de Faria. Livio Abramo avalisa o artista dizendo que "o eterno feminino, com sua mutabilidade, virtude, complexidades e encantos, vivem nessas litografias com tanta graça, leveza e riqueza de soluções formais, que o que se poderia chamar de sentido o erótico da obra de Guilherme de Faria se transforma em algo tão delicadamente sutil para a nossa sensibilidade, que podemos dizer que raramente se atinge, na forma o clássico, o barroco, o espírito ocidental de busca e o panteísmo naturalista oriental".
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O Sesc continua promovendo a boa música: depois do Ciclo do Chorinho, no Portão, o Sesc da Esquina teve três noites com o ótimo grupo Coisas Nossas homenageando Noel Rosa pelo seu cinquentenário de falecimento. No ano passado, o grupo de Henrique Cazés participou de uma gravação com uma opereta de Noel, em disco Eldorado e agora prepara um novo álbum - "Noel Rosa sobe o morro".
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Falando em música, quem deve pintar na cidade, promovendo seu novo elepê é a bela Guadalupe. Gravou o disco "Rubi Grená" na Continental, incluindo músicas de seu marido, Dominguinhos, Nando Cordel ("É Difícil Esquecer Você"), a dupla Antônio Carlos e Jocafi e tem até participação especial de Toquinho na faixa "Minha Rainha" e Fagner em "Queira ou não Queira".
LEGENDA FOTO - Guadalupe: boas canções
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