Música
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 06 de janeiro de 1974
Iniciando 1974, em termos de lançamentos, temos duas estréias das mais auspiciosas: "Os Implacáveis" de Sam Packinpah (Vitória) e "Antes que o Divórcio Chegue" (Ópera), os quais somados ao segundo desenho em longa metragem inspirado nos personagens de Charles Schultz ("Volta para Casa, Snoopy", Glória) e a um dos mais apreciados filmes de 73 ("Encurralado", Excelsior) oferecem uma razoável perspectiva para este domingo. Tanto "Os Implacáveis" quanto "Antes que o Divórcio Chegue" valem como recomendação pelo conceito de seus realizadores. Packinpah, um dos mais vigorosos cineastas norte-americanos dos últimos 12 anos, inicialmente no gênero western - "O Homem que eu Devia Odiar" e "Pistoleiros ao Entardecer", depois num culto (válido) a violência (crítica) - "Meu Ódio Será Tua Herança" e "Sob o Domínio do Medo" - é um cineasta que sabe contar (bem) uma história, transmitindo em suas imagens uma preocupação social e política, mesmo em filmes menos pretensiosos como o recente "A Dez Segundos da Morte", também estrelado por Steve McQuenn (foto), que ao lado de Ali McGraw (bem melhor do que em "Love Story") já é uma atração para o público (menos informado). Já Vittório De Sicca, que muitos julgavam em fim-de-carreira, há 2 anos atrás, com o sensível "O Jardim dos Finzi-Contizi" mostrou estar em plena forma. O que nos faz depositar um crédito de confiança nesta sua comédia (nunca inconseqüente), onde aproveita para valorizar dois intérpretes - Nino Franfredini e Mariângela Melato - ele que ao longo de 30 anos do (melhor) cinema, tem dado muitas chances a jovens de valor.
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