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Aramis

MÚSICA

Sérgio Cabral, um dos homens que melhor conhece MPB, escreveu: "Há quase 20 anos, Jorge está compondo e cantando sambas, muitos obtendo sucesso e outros mantendo o seu prestigio de grande sambista. Ouçam-no com o carinho de quem está admirando o trabalho de um artesão, de um grande operário, de um artista que se expressa com a segurança só encontrada naqueles que entendem muito muito de sua arte". Conheci Jorge Costa (foto) numa gostosa madrugada no "1.810", boa casa de nossa madrugada que deixou saudades, quando com outro grande amigo, Lápis, esticamos muitas horas - esquecendo que a noite acabava - ouvindo Jorge com toda sua bossa e simpatia, mostrar suas músicas marcantes. Jorge Costa é um sambista que sabe fazer seus sambas dos motivos simples, do encanto de cada acontecimento que passam despercebidos e que ele, com sensibilidade, sabe transformar em poemas populares. Por exemplo, ouçam "Triste Madrugada" ou seu "Moça Branca da Favela", dois de seus merecidos sucessos. Em Salvador, uma corrida de jegues deu a vitória a "Seu Marido" (o nome do jumento vencedor). Jorge não bobeou: fez um samba. E fez outro sobre a mulher que foi embora, mais outro falando da Mangueira e tantos outros quantos assuntos surgirem. Porque este alagoano e excelente cantor entende muito dessa linguagem "que é brasileira mas que é tão difícil usá-la no momento da criação" a linguagem do samba", como disse Sérgio Cabral.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
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27/02/1973

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