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Aramis

As mulheres, os nus, as cores, o palco & o som

Uma arte que se apoia na face requintada, nas curvas ondulantes do art-nouveau, mas que despe essa influência de qualquer arcaismo e maneirismo é o que pratica a jovem pintora Suzana Lobo. As palavras são do crítico Flávio de Aquino, na edição da "Manchete" (nº 1180, data de capa de 30/11/74) que está nas bancas, comentando a mostra "Por Trás dos Bastidores", que Suzana faz na Galeria Quadrante, na GB. Apesar do engano geográfico - disse que Suzana é e Curitiba mas radicada no Rio, quando é o contrário - Aquino tem palavras entusiásticas com relação ao trabalho de pintora: "telas circulares de pequeno formato, cujos nomes já refletem o conteúdo solitário de sua arte - como "Paisagem em Desencanto", "Solidão Consentida", "Esperança" e "Ainda". Dos seus nus femininos, anônimos pela falta de rosto, desolados pela posição estática, saem linhas rítmicas que modulam as cores em nuanças cromáticas finalmente estudadas. É uma síntese de cursas quase geométricas que acentuam a pureza e o lirismo dos seus nus femininos "ainda não poluídos ... numa atmosfera repleta de simbologia do folclore urbano", como diz Fernando Velloso na apresentação. Encerrando diz, o crítico da "Manchete": "Na realidade, esta excelente pintora, que já mostrou sua arte em diversas bienais paulistas, integra-se perfeitamente ao mundo que a cerca". XXX Saboreando um sangrento filé grisset embalado por uma gelado acquasantiera, a iratiense Denise Stocklos comemora no início da madrugada de quarta-feira, no folclórico Bar Palácio, uma data muito especial: seus 6 anos de badalações teatrais. Foi a 27 de novembro de 1968 que, recém-chegada do Interior, a então menininha Denise enfrentando preconceitos estreou de forma tríplice - autora, intérprete e diretora - no teatro de Bolso, coma peça "Círculo na Lua, Lama na Rua". Nestes seis anos, Denise cresceu artisticamente, experimentou novas sensações, pisou em muitos palcos e viveu muitas vidas. Agora, após ter sido assistente de direção na remontagem de "Um Bonde Chamado Desejo" de Tennessee Willians (Teatro Anchieta, SP), Denise voltou para viver uma das 7 filhas do "Seô" Portugal, no superespetáculo "Paraná, Terra de Todas as Gentes" (auditório Bento Munhoz da Rocha Neto, dia 12).
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
4
28/11/1974

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