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Aramis

A MPB nos anos 60 (IV) - Silvia Telles, a ternura na Bossa

Em 1966, quando um trágico acidente automobilístico na estrada de Itapeba, Rio de Janeiro, provocou a morte da cantora Silvinha Telles, aos 32 anos de idade, a música brasileira perdeu uma das suas intérpretes mais sensíveis. Poucas vocalistas souberam entender tão bem a Bossa Nova como Silvinha, que estreou cantando o samba "Amendoim Torradinho", na revista "Gente Bem & Champanhota", encenada no Teatro Jardem em 1955. Na Primeira fase da Bossa Nova, fez um lp histórico e básico: "Amor de Gente Moça" (Odeon 3084), com músicas de Antônio Carlos Jobim e arranjos do maestro Lindolfo Gaya, que por sua importância será reeditado pela Evento. Deixando a Odeon e passando para a Philips, ali faria "Amor em Hi-Fi" (Philips, 630419) e "Silvia Telles U.S.A." - este gravado em Hollywood, quando ali esteve pela primeira vez, com a criação da Elenco pelo então seu marido Aloysio de Oliveira, Sylvinha faria "Bossa/Balanço/Balada", verdadeiro cartão de visitas da Bossa Nova, pois poucas vezes se reuniu num só lp tantos temas fascinantes. Posteriormente, retornando aos EUA, ainda com Aloysio, gravaria outros lps excelentes como "It Might As Well Be Spring" (Elenco MEV-11) "The Music of Mr. Jobim by Sylvia Telles" (MEV 5), foi gravado no Brasil especialmente para exportação, a pedido da Kapp Records dos EUA. Mas de todos os seus discos, a Phonogram não poderia ser mais feliz ao escolher este "Bossa, Balanço, Balada" como volume 7 da Edição Histórica (Fontana Special, 6470 517, maio/74). Com toda a sensibilidade que Deus lhe deu e ela soube sempre bem utilizar, Silvinha nos dá neste lp 34 minutos de encantamento, com uma seleção que dificilmente poderia se repetir. Não há dúvida que só por reedição e mais o "Canção do Amor Demais" com Elizeth Cardoso, a Phonogram já neutraliza todas as concessões comerciais que seja obrigada a fazer neste ano. Não é preciso comentar as faixas. Basta relacionar seus títulos e autores: "Dindi" (Jobim/Aloysio de Oliveira), "Samba do Avião" (Jobim), "Preciso Aprender a Ser Só" (Marcos/Paulo Sérgio Valle), "Rio" (Roberto Menescal/Ronaldo Boscoli), "Insensatez" (Jobim/Vinícius), "Samba de Uma Nota Só" (Jobim/Mendonça), "Vagamente" (Menescal/Boscoli), "Corcovado" (Jobim/Vinícius), "Amor e Paz" (Jobim/Vinícius), "Primavera"(Carlos Lyra/Vinícius), "Se É Tarde Me Perdoa" (Lyra/Ronaldo Boscoli), "Eu Preciso de Você" (Jobim/Aloysio de Oliveira). LEGENDA FOTO - Silvinha Telles
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Jornal do Espetáculo
71
02/06/1974
Cresci ouvindo um LP de minha tia que continha várias faixas de músicas cantadas por Silvia Telles, não sabia seu nome, até que encontrei na Internet. Ouvi nos anos 80, bem depois de sua morte, mas sempre cantarola suas canções e sinto que a MPB perdeu um "canário" de grande estilo. Maravilhosa Silvia Telles
que pena..... grande artista....
que legal esta iniciativa....

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