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Aramis

Marx quer a República do Pampa Gaúcho, Tchê!

Luiz Groff, 54 anos, um bem sucedido engenheiro civil que se tornou executivo em vários setores, ex-presidente da Cidade Industrial, idealizador e coordenador do "Programa Nosso" (de apoio às microempresas), hoje também diretor de marketing do grupo Olsen é, antes de tudo, um homem bem humorado. Dramaturgo, autor de várias comédias - uma delas, "A Reputação dos Quatro Bicos", foi a que inaugurou o Teatro da Classe - filho do pioneiro de nosso cinema João Baptista Groff (1897-1970), poderia ser um grande entertainer. Assim como conhece a arte de beber bons vinhos (aliás seu "Ino Veritás", terá agora uma segunda edição), sabe, como ninguém, contar uma piada, e/ou criar um "clima cênico" para uma história divertida. Pois agora, Groff está se arriscando a perder um de seus temas favoritos: a sua versão de como seria "A República do Piratini", para a qual idealizou até uma moeda - o "Tchê", e cujo brasão seria uma cuia de chimarrão cortada pelo cifrão. É que um gaúcho de pura cepa, natural de Santa Cruz do Sul, Irton Marx, acaba de publicar um livro no qual trata daquilo que Groff sempre ironizou, com aparente seriedade: "Vai Nascer Um Novo País... República do Pampa Gaúcho" (224 páginas, sem indicação de editora, à venda em algumas cidades do Rio Grande do Sul). xxx Marx - não o Karl, mas o gaúcho Irton - defende com vigor a separação do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina do resto do Brasil. Mais do que levantar um tema polêmico, propõe um plano de governo, divisão do território em Províncias, com capitais já definidas e até - pasmem: a data para a independência (1o. de outubro de 1995). Segundo Irton Marx, o novo país se chamará Pampa Gaúcho e estará dividido em 11 Províncias - oito no Rio Grande do Sul e três em Santa Catarina. O Paraná, apesar da presença gauchesca e das idéias divisionistas do Oeste, ficou de fora do projeto do Marx gaúcho. O território do Pampa Gaúcho será de 384.000 km2, com uma população aproximada de 14 milhões de habitantes e uma economia equilibrada. Da dívida externa "nos tocará menos de US$ 25 milhões - o que não será difícil de pagar" diz Marx, que trabalha há muitos anos para a estruturação deste livro. Uma de suas preocupações foi elaborar um projeto em que a tradição e o presente convivam com harmonia. As províncias são denominadas com títulos de fácil identificação no vocabulário regional histórico. Como Distrito Federal fica a cidade de Porto Alegre. As cores da bandeira são vermelha, amarela, preta e azul. Veja as províncias e suas capitais propostas. xxx Irton Marx está procurando apoio político ao seu projeto e, ao que consta, já tem a adesão de muitos, embora afirme que não pertença ao Partido da Revolução Farroupilha, que há muito defende o separatismo e tem, inclusive, parlamentares que se integram às suas teses. Irton Marx acredita que depois da Proclamação da Independência do Pampa Gaúcho, muitos dos três milhões de gaúchos que vivem fora dos Estado retornarão. Estabeleceu a data - dentro de cinco anos - porque "um projeto precisa ser fixado em datas". O centenário da Revolução Federalista, que acontecerá em 1993, é apenas uma coincidência, podendo fazer com que o tema seja ainda mais discutido. Irton Marx define seu livro como um projeto sócio-político-cultural "que define o futuro deste povo em um país independente, com uma condição de vida bem melhor que a atual". E jura que sua execução é possível e que nada é baseado em fatos que não sejam reais. LEGENDA QUADRO - O Pampa Gaúcho e suas províncias Província Capital Charrua Alegrete Gaudéria São Gabriel Piratini Pelotas Açoriana Caxias do Sul Lívia Santa Cruz do Sul Rio Grandense Santa Maria Catarinense Chapecó Nova Teutônia Blumenau Juliana Florianópolis Sepévia Passo Fundo Missões Santo Ângelo
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
3
11/11/1990
A questão da independia do sul que perpassa os séculos em nosso pais, sempre foi marcada por grandes lutas e conflitos, sejam estes no campo do conflito armado de fato ou no campo das idéias. Fatos estes inegáveis, e também indiguinos de serem descritos por minha parte, que sou um quase leigo no assunto. Mas a questão é não se pode ser petulante ao postular idéias “bairristas” que ignoram a subjetividade e soberania dos estados Catarinenses e Paranaenses enquanto culturas irmãs, mas porem distintas. A ponto de excluir parte do sul em retirar o Paraná do almejado pais do sul e, engolir a cultura catarinense com nomes e fronteiras como se no estado ninguém tivesse força político-economica para decidir sua postura num processo ideológico e político e assumir passivamente um domínio de tendências revolucionarias. A importância dos estados do sul, sua hegemonia, correlação e cooperativismo são traços honrosos e salutares dentro de uma historia de formação histórica e cultural. Em respeitando estes fatores faz-se necessário, o respeito à integridade de suas sub-partes para a real compreensão e manutenção da hegemonia do todo e porque não, absoluto sul brasileiro? A que se reconsiderarem alguns preceitos, para se ter uma verdadeira união.
O RS nasceu predestinado a ser livre, desde os tempos de sepé , essa vontade nunca morreu sempre esteve viva entre nós, até os dias de hoje. Não podemos mais ficar atrelados a um governo centralizador, corrupto e oligárquico onde levam todos os nossos impostos nos devolvem migalhas e vivem de maracutaias enchendo malas, construindo castelos enchendo cuecas de dinheiro a custa do trabalho suado do povo. pois bem não venham me falar de votar corretamente, pois bem sei que o plítico que ganha uma eleição está totalmente atrelado ao partido, devendo favores aos caciques, portanto o compromisso dele não é com seu povo. separatismo já!!!!
Essa separação não vai acontecer nunca.. as terras são do brasil vão embora rsrssr... ou vivam frustrados. Quando a enchente bate na bunda voces pedem arrego pro PODEROSO BRASIL... E quanto ao nome tenho uma sugestão: BRAZILZIM DO SUL COM A CUIA NA MÃO....
Tchê, não podemos continuar essa farsa!!! Nós não somos brasileiros! Somos gaúchos, e precisamos ter publicada a nossa identidade própria que já esta presente nas casas de todos os gaúchos. Aqui ainda existe valores e bons costumes. Nós não bebemos água na orelha dessa gente se moral e ética que esta presente geograficamente acima de nós. Tenemos que pelear! Eu sou gaúcho e isso me basta.
Sou favorável à separação de toda região sul do restante do País. De toda a região, coloquem o Paraná neste debate. O modelo é simples: dividir o RS, SC e PR em regiões históricas (como acontece com a região do Iguaçu, aqui no PR).... Do ponto de vista político e ecônomico só teriámos a ganhar... O lado oeste é menos desenvolvido que o leste aqui no PR, teríamos um crescimento invejável tanto quanto nossos irmãos catarinenses e gaúchos... Abraços
Nós, povo gaucho estamos cansados de ter que entregar nossos tesouros a essa política nacional de extrativismo, onde um "monarca" dita as ordens. Hoje é 20 de Setembro, dia em que o Rio Grande do Sul peleou contra o resto da nação. Devemos ser livres, ter nossa República e dar adeus a esse povo corrupto e insaciavel. Somos um povo que merece respeito. "...Sirvam nossas façanhas de modelo a toda terra... povo que nao tem virtude acaba por ser escravo..."

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