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MAC, direção e ajuda que os outros trazem

A indicação da lista tripice da qual será escolhido o novo diretor do Museu de Arte Camteporânea - Elizabeth Titton, Ronald Sinson e Eduardo Nascimento, deomocraticamnete eleborada durante a assembléia da Associação Profissional dos Artistas Plásticos do Paraná na tarde de sábado,26, trouxe muitas lições. De principio, um fortalecimento da entidade representativa dos artistas plásticos, criada hám um ano e que conseguindo sobrepor-se a rivalidade, interesses e preocupações menores, se firma como um organismo capaz de valorizar a classe. O presidente José Humberto, agindo com serenidade e independência, soube resistir. A secretária da Cultura e o Esporte pretendia. Absurdamente, impor o nome de uma marchand de tablaux, a sra. Sandra Helena Larsen, para a direção do MAC, josé Humberto fez valer os direitos dos astistas e que se respeitasse o regulamento interno do MAC. xxx Neste episódio contou muito o apoio que o deputado Euclides Scalco, chefe da Casa Civil, deu à diretoria da APAPP, como os argumentos de José Humberto e seus companheiros de diretoria não foram ouvidos pelos ocupantes do ( temporário, felizmente ) poder na Secretaria da Cultura e Esporte, buscaram uma audiência com o governador José Richa. Se Richa, nervoso e ocupado com a crise dos dólares, não pôde recebe-los, ao mesmos o seu Chefe de Gaabinete, suficiente sensivel a uma reivindicação justa e colocada em termos corretos evitou que houvesse novos ( e desnecessários ) desgastes oficiais na área cultural. Interviu para que a nomeação de Sandra Helena larsen, uma senhora, elegante e simpastica que se dedica a venda de quadros nas horas de folga, fosse confirmada e, ao contrário, deu condições a que os artistas fizessem sua lista triplice. Uma atitude honesta e coerente com os propósito de governo participativo, na inovação de um nome estranho à classe para direção do Museu de Arte Comtemporânea. xxx Outro aspecto importante: seja quem for o escolhido ( embora esteja quase certo que a nomeada será Elizabeth Titon, artista jovem mas bem intencionada ) a Associação Profissional dos Artistas Plásticos do Paraná estará atenta para cobrar a execução de um programa minimo de trabalho. José Humberto e seus companheiros de diretoria, interpretando os anseios da classe, querem que o Museu de Arte Comteporânea torne-se cada vez mais um núcleo atuante, tenha uma grande participação na vida cultural e não seja apenas um pouco para apresentar exposições geralmente trazidas por organismos internacionais ou nacionais,ou realizados graças a iniciativa dos próprios artistas. Aliás, o grande problema dos aspectos culturais não só na area do Estados mas também ( é principalmente ) do municipio é justamente este: os calendários artisticos são feitos de acordo com as reservas que outras entidades fazem, ou dos artistas que individualmente, procuram tais unidades. Inexiste um programa de trabalho, que defina uma filosofia informativa e artistica. Se não fosse, especialmente, Goethe Institut / Instituto Cultural Brasileiro Germanico, não só a Fundação Cultural. Mas várias outras entidades culturais das cidades ficariam capengas em suas programções. Com um número minimo de funcionários ( ao contrário da Secretária da Cultura e Fundação Cultural, que no total empregam mais 500 pessoas ), o Goethe Institut mantém excelente programação, cobrindo vários setores, sem preconceitos, que supre a deficiência de nossos caros organismos culturais. xxx E não é apenas o Goethe Institut quem movimenta os salões de exposições e auditórios da cidade. Mesmo sem maior regularidade, outras entidades também proporcionam a vinda de grandes exposições, concertos, cursos, seminário, etc. Por exemplo, ainda agora é a Sociedade Cultural Inglesa quem patrocina a apresentação do Ian Carr-Nucleus, quinteto de Jazz inglês, na noite de sábado, 2, no auditório da Reitoria. Embora desconhecido no Brasil, Ian Carr é um solista, compositor e arranjador dos mais respeitados na Inglaterra, autor de dois livros sobre jazz e que tem feito palestras no rádio e coordenado Workshopps para músicos jovens. Nascido na Escócia, formado em literatura Inglesa, tem 24 anos de vida músical, ao longo do qual acumulou várias premiações. Ian executa trompete, flugelhorn e teclados, fazendo parte de seu quinteto o percussionista John Marshall, os guitarristas Mark Wood e Robie Burns, e o saxofonista e flautista Mark Wood. xxx O concerto do grupo Nucleus tem patrocinio da Cultura Inglesa colaboração da Pró-Música. Imgressos a Cr$ 5.000,00. xxx Já que falamos em colaborações efetivas de instituições culturais para movimentar nossos espaços, registre-se a importância da mostra " Rumos para a Arte por Computador", no Museu de arte comteporânea desde o último dia 23. Uma exposição trazida pelo Goethe Institut que mostra os resultados do computador como novo instrumento técnico de criação plástica - mostrando grafismos mecanizados de proveniência diversas, com o objetivo de exemplificar plasticamente a relação lógica e histórica inexistente entre arte gráfica por computador e outros processos mecânicos de criação plástica em sua mais recente fase de evolução. A exposição é uma homenagem a Waldemar Cordeiro ( 1925 -1973 ), que trabalhou em movimentos fundamentais de arte brasileira : arte concreto,novas tendências. Em 1971, organizou a Arteonica a primeira exposição de computer art no Brasil. Foi professor da Universidade de Campinas, onde organizou, em 1972, o Centro de Processamento de Imagens.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Tablóide
31/05/1984

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