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Livro de Roselys prova como o Paraná ajudou colonizar o Sul

Ao entardecer desta terça-feira, no Espaço Cultural Banrisul, em Carazinho, Rio Grande do Sul, a curitibana Roselys Velloso Roderjan, estará autografando seu há muito aguardado "Raízes e Pioneiros do Planalto Médio" (180 páginas, co-edição da Universidade Passo Fundo / Empresa Jornalística Folha da Manhã / Prefeitura de Carazinho / Museu Pedro Vargas). Chega, assim, a etapa final de um projeto que ocupou a professora Roselys nos últimos cinco anos: um profundo estudo sobre a presença de paranaenses na formação de várias comunidades do Planalto Central do Rio Grande do Sul - especialmente Cruz Alta, Passo Fundo, Carazinho e Palmeira das Missões. Por diversas vezes - e sempre com o destaque que Roselys, pela sua dedicação e competência merece, aqui registramos o desenvolvimento de seu trabalho, elaborado originalmente com o título de "Formação das Comunidades Campeiras no Planalto Paranaense e sua Expansão para o Sul / Planalto Médio" como dissertação de mestrado em seu curso de pós-graduação em História na Universidade Federal de História do Rio de Janeiro. xxx Professora aposentada do Estado, durante mais de 30 anos mestre de várias gerações tanto no Instituto de Educação como na Escola de Música e Belas Artes do Paraná, batalhado por décadas na Comissão Estadual de Folclore, autora de vários estudos e da única história da música no Paraná, Roselys - neta do poeta e mestre Dario Velloso não quis ficar acomodada em sua aposentadoria. Assim inscreveu-se como aluna de pós-graduação em Florianópolis e, como tese para conclusão do curso, lançou-se num estudo tão importante e inédito quanto polêmico: a comprovação de que saíram do Paraná os pioneiros de uma das mais prósperas regiões do Rio Grande do Sul, especialmente Cruz Alta, cuja Prefeitura, por coincidência, foi ocupada nos últimos 25 anos, em três mandatos alternados pelo médico José Westphalen Corrêa, lapeano que na década de 50 foi o primeiro radiologista a se instalar naquela cidade. Evidentemente, o trabalho de Roselys, como uma máquina do tempo, estuda a presença dos paranaenses no Planalto Central gaúcho nos séculos XVIII e XIX, quando, por razões econômicas, houve a expansão dos caminhos das tropas para o Sul. Estudiosa em profundidade - e sempre tendo uma visão abrangente da sociedade e história - Roselys produziu um trabalho de fôlego, que mereceu atenção de professores e estudiosos, que estimularam sua publicação - o que acontece através da associação de recursos de uma universidade autônoma - a de Passo Fundo, apoio de uma empresa jornalística, que edita vários jornais no interior do Rio Grande do Sul e o prefeito José Luiz, de Carazinho, que o incluiu como um dos eventos comemorativos ao 60º aniversário da criação do município - em cujo povoamento os paranaenses disseram presente.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
22/01/1991

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