Kenny G., o campeão de vendas
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 06 de maio de 1990
Entre as atuais estrelas da música instrumental que fundem o jazz ao pop, r&b e mesmo funk, está Kenny G., considerado o maior vendedor de discos do mercado internacional nos anos 80. Basta dizer que o álbum "Dootones" com os hits "Songbird" e "Don't Make me Wait for Love" ganhou triplo de platina. Em seguida, "Silhoutte" - também já lançado no Brasil - bateu a marca de platina duplo. Kenny G. já passou das cinco milhões de cópias vendidas, o que é um fenômeno pois não só a música instrumental, de raízes jazzísticas, tem um mercado restrito - mesmo em termos instrumentais - como Kenny G. não teve nenhum esquema paralelo (cinema, televisão). Mas suas apresentações ao vivo lotam grandes espaços e justamente somando os pontos altos de um concerto que fez no Opera House, em Seattle, nas noites de 26 a 27 de agosto do ano passado, e mais sessões em estúdios, no mês seguinte, para registro de quatro outros temas ("Tribeca", "Esther", "Don't Make me Wait for Love" e "Going Home") resultou o álbum duplo "Kenny G. Live", que em março a BMG/Ariola colocou no Brasil. Nos EUA, já foram vendidos mais de um milhão de cópias.
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A exemplo de Kenny G., Kent Jordan é outro instrumentalista da nova geração que vem crescendo internacionalmente. Nascido em Nova Orleans - este flautista chega ao Brasil com o álbum "Essence" (CBS), com um repertório excelente. A partir da faixa de abertura, "Curtain Call", demonstra o calibre de seu trabalho, trazendo seu irmão Marlon, um trumpetista de grandes méritos para a interpretação deste tema de Elton Heron, seu primo e também um excelente baixista.
Branford Marsalis - de outra esplêndida família jazzística - comparece no pistão, somando-se ao trio de Kent, do qual fazem parte David Holland (baixo) e Al Foster (bateria). Heron é autor também da faixa título do álbum, o profundo "Essence", que ocupa quase cinco minutos do lado um.
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