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Aramis

Jornal de Música

Um fato inédito na imprensa brasileira: um jornal especializado em música chega no seu terceiro ano de vida. O "Jornal de Músicas", criado em 1974 pelos jornalistas Tárik de Souza, Ezequiel Neves e Ana Maria Bahiana, e o artista gráfico Diter Stein, era, inicialmente, apenas um encarte de quatro páginas da revista-fasciculo Rock, a História e a Glória. Em setembro de 75, revista e jornal se fundiram numa só publicação para, em agosto de 1976, tomar sua forma definitiva, um tablóide dedicado ao que acontece na música do Brasil e do mundo. Para comemorar os três anos de "estrada", está previsto um encontro de Ney Mato Grosso, Caetano Veloso, Moraes Moreira, grupo A Cor do Som, Sérgio Baptista, dos Mutantes, e do grupo Mandengo, no próximo dia cinco, na Cocha Verde do Morro da Urca. Está é a demonstração de que a imprensa independente não precisa necessariamente ser nanicas. Nos três, o "Jornal de Música" foi campo de trabalho para dezenas de jornalista, fotógrafos a artistas gráficos de todo o Brasil. Além disso foi, principalmente, um espaço aberto para a criação musical neste país. FOTO LEGENDA- A próxima capa do "Jornal de Música". Tr6es anos de estrada. MADRIGAL O "Madrigal Pró-Música" realizará seu primeiro concerto hoje, às 21 horas no auditório da Reitoria da Universidade Federal do Paraná. Além do coro da Madrigal propriamente dito, participarão a soprano Roseli Schuenemann, o tenor Ahilto Fontoura, a pianista Maria Leonor Macedo, o violonista e compositor Luiz F. Mello, e a flautista Maria Cecília Duboc. A regência será de José Penalva, com assistência de Aldo Hasse. A primeira parte do programa será de música antiga, e figurará o grande mestre da música espanhola, Tomás Luís Victoria, com "Aestimatussum" e "Jesum tradidit impius", extraído de sua obra "Officium hebdomadae sanetas". Ainda da Espanha, dois madrigais de autores desconhecidos: "Dadme albricias" e "Hoy comamos". Da França, dos madrigais: de G. Costeley, "O Combien est hereux", e, de J. Gero, "Au joli son du sansonner". Também da renascença, duas peças para violão de autor desconhecido. Do Barroco, serão apresentados "Aria na 4.ª Corda", de Bach, en versão para violão, e "moteto" além de "Joy to the world", coral de Haendel. Na segunda seção, Roseli Schuenemann cantará alguns números da obra de Schubert "Die Schoene Muellerin". Na terceira parte, o madrigal se expandirá descontraidamente, através do fascínio da música folclórica e para-folclórica. "Reflexões", de L. Francisco Mello abrirá o desfile, que se seguirá com Villa, "Prelúdios I e II", e de Jobin e Baden e Vinícius, "A felicidade", "Berimbau", "Roll, Jordan, roll", "Cancion del viejo poeta" e "Para dormir", de Morozowisz, e "Duas canções brasileiras, " de Penalva. ALICE "Alice no País das Maravilhas" será apresentado hoje, às 20 horas no Teatro Guaíra, pelo Balé Tadeus Morozowicz, encerrando as comemorações dos 50 anos de fundação do Balé Thalia. O espetáculo e inédito em todo o Brasil e terá quase três dezenas de personagens, que viverão o mundo criado por Lewis Carrol. A idéia original foi adaptada de tal maneira que permitirá que as crianças possam também sentir, além dos efeitos coreográficos, a mensagem que possui, a estória, originalmente escrita para adultos. Melena Morozowicz, a diretora do balé, preparou uma colagem para efeitos musicais, utilizando-se de trechos de músicas de Mussorgski, Prokofiel e Taschaikowski.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
1
02/12/1977
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