Login do usuário

Aramis

Jamil, o poema do osso

Jamil Snege, 43 anos, publicitário, escritor é, antes de tudo, daquelas (raras) pessoas aos quais a amizade é algo sagrado. Daqueles amigos que como diz o poeta Fernando Brandt, "é para se guardar debaixo de sete chaves, do lado esquerdo do coração". Uma recente prova disto foi dada por Jamil ao escritor Wilson Bueno, 37 anos, quando do lançamento do "Bolero's Bar", o aguardado primeiro livro de crônicas cuja edição praticamente já está esgotada. xxx Amigo e estimulador de Wilson Bueno, desde os seus verdes anos, quando, jovem e tímido, recém-chegado a Curitiba, ensaiava os primeiros passos na literatura, Jamil ofereceu ao autor de "Bolero's Bar", um poema-homenagem, que numa tiragem especial, ficou como mensagem de fim de ano para Wilson distribuir entre seus amigos. Jamil, texto dos mais brilhantes - e responsável pelas melhores campanhas de publicidade criadas no Paraná nestes últimos anos - mostrou em "Osso para Wilson", toda sua ternura de amigo, dizendo em palavras simples a mensagem para o escritor que afinal publica o primeiro (dos muitos) livro(s) que, todos esperam venha a lançar. xxx Eis o "Osso para Wilson", de Jamil para Wilson: Penso em Wilson Bueno Como um osso ao relento Nu e nítido como um osso a esmo. Osso que se bastasse de sua óssea alvura Nu e núbil de sua própria lua. Osso que se recusasse à sina que o paparica Osso que se adornasse de sua própria adrenalina. Osso à deriva, a dedilhar seus venenos como uma visita. Osso Wilson Bueno. Ouço sua cítara.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
13
16/01/1987

Enviar novo comentário

O conteúdo deste campo é privado não será exibido publicamente.
CAPTCHA
Esta questão é para verificar se você é um humano e para prevenir dos spams automáticos.
Image CAPTCHA
Digite os caracteres que aparecem na imagem.
© 1996-2016. tabloide digital - 35 anos de jornalismo sob a ótica de Aramis Millarch - Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Altermedia.com.br