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Aramis

A hora dos gaiteiros (nas gaitas-de-ponto)

Renatinho Borghetti, 21 anos, é hoje um nome nacional; Primeiroinstrumentista brasileiro a vender mais de 100 mil cópias, este gaúcho tímido e cativante fez com que um instrumento marginalizado - a [gaita-de-ponto] - com poucos recursos harmônicos fosse devidamente revalorizada. Fazendo agora seu segundo elepê cumprindo um puxado esquema artístico já que passou a ser requisitadíssimo, Borghetti se tornou a própria imagem da gaita-de-ponto, instrumento que tem, entretanto, centenas de executantes especialmente no Sul. Tanto é que há quatro anos que Abelino G. Cardoso promove em Caxias do Sul o Rodeio de [Gaita-de-Ponto]. Os discos com os vencedores das três primeiras edições ficaram circunscritos aquele Estado, mas como agora o Brasil esta aprendendo a ouvir este instrumento animado é capaz de se tornar um modismo, o disco produzido por Antônio e Ivete Troian, da Acit, documentando as finalistas do IV Rodeio de [Gaita-de-Ponto] está sendo distribuído nacionalmente pela Polygram. Hugo Coelho com "Novidade Velha" (Honeide e Daltro Bertussi) e "O Passo do Ganso" (Beto Caetano/Leonir) foi o vencedor conseguindo assim um bicampeonato. Os demais classificação dos são jovens, provando que este instrumento chega a garotada: Antônio Cesar com "Troteando Miúdo" e "Vaneirão Serrano", composição própria em 3º lugar. Gerson Fogaça, "Rancheira Animada"; em 4º Valdir Lima com "Um Gambá no Galinheiro" e "Vaneirinha do Seu Webber"; em 5º, Gilson Castilhos, com "Querência Gaúcha" e "Chão Batido" e, finalmente em 6º lugar, Wilson Bueno com "Festival da Gaita Ponto" e "Bugiu Flor da Serra" está última composição de Tio Bilia, um dos acordeonistas mais populares do Rio Grande do Sul. A Acit vem se firmando como uma das mais ativas etiquetas Gaúchas voltada especialmente para música instrumental. Tanto é que após lançar elepês com os acordeonistas Álvaro Feliciani e Chiquinho da Gaita, produziu um novo lp do acordeonista e compositor Bruno Neher ("Com amor e bom humor"), artista já com vários elepês gravados. Dividindo os solos de acordeon com outro dos mais conhedidos acordeonistas gaúchos Albino Manique, e amparado ainda em 2 violões, baixo, guitarra e bateria, Bruno Neher traz nove composições próprias, comunicativas e bem-humoradas, a partir dos própiros títulos: "Vaquinha Preta", "O Alemão Malandro", "Festa da Linguiça", "Coisas Impossíveis", etc.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Tablóide
18/08/1985

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