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Aramis

GENTE

Jornalista não é, via de regra, notícia. Ele faz notícia. Mas quando o jornalista é um compositor premiado, roteirista e deixa o Brasil para trabalhar, em Buenos Aires, com Astor Piazzola e Horacio Ferrer - a mais importante dupla de compositores da Argentina (e da América do Sul), a modéstia tem que ser posta de lado. E assim MILTON ERIC NEPOMUCENO, que normalmente faz a notícia, hoje é o assunto. Um moço de 27 anos, mas vivências de 50: residiu na Europa e Estados Unidos, percorreu todo o Brasil e há seis anos, periodicamente, corre a América do Sul. Seu interesse pela culltura dos países vizinhos é tão grande que decidiu licenciar-se do "Jornal da Tarde" - onde após ocupar as mais importantes editoriais, é hoje repórter especial, que tem o direito de escrever somente a respeito dos temas que lhe agradam - para residir de abril a dezembro em Buenos Aires. Vai enviar algumas matérias para o JT. Editora Abril - talvez O ESTADO e, principalmente, estudar e trabalhar com seus amigos Piazolla e Ferrer. Alto, loiro, uma barba bem cultivada, óculos de lentes finas. Eric - descendente do compositor Alberto Nepomuceno de quem herdou o gosto pela boa música - começou a fazer letras para musicas na mesma época em que um rapaz chamado Chico Buarque gravava seu primeiro compacto ("Pedro Pedreiro"). Amigo e produtor de "shows" de Milton Nascimento e Edu Lobo. Eric está agora preocupado em promover - antes de viajar a Argentina, dia 21 de abril - um grupo de músicos de vanguarda, que utilizarão principalmente (e pela primeira vez em teatro) um Sintetizador de Sons. Ao viajar para o Sul. Milton e sua esposa, Maria Martha, vão parar alguns dias no Rio Grande, onde o cineasta lusitano David Quintanas roda um filme com um roteiro de sua autoria. Em Curitiba onde esteve participando do juri do concurso de Escolas de Samba. Milton Nepomuceno teve uma grande emoção, o baile do Clube Curitibano e reconhecer numa das músicas que a orquestra apresentava, o samba "Uma Lua" que ele fez em parceria com Edino Galvão Bueno, em 1968.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
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20/03/1973

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