Gente
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 27 de janeiro de 1973
Quando FRANCISCO ARAUJO chegou em Nova Iorque, em abril do ano passado, para participar do I Congresso Norte-Americano de História em Quadrinhos, os coordenadores da promoção surpreenderam-se ao ler sua qualificação profissional, na ficha: << Professor de Introdução às Histórias-Em-Quadrinhos no Departamento de Comunicação da Universidade de Brasília >>,. Afinal, nos Estados Unidos, apesar de ser a pátria dos << comics >> e do interêsse pelo seu estudo cientifico, até hoje nenhuma universidade incluiu a matéria no curriculum normal de um curso de comunicação. Promovem-se seminários, conferências, edita-se revistas, mas HQ ainda não é, em nenhum Estado, matéria do nível superior. << Apesar disto não sou mais o único professor universitário de HQ no mundo >> explica Araújo. Em Paris, na Sorbonne, a introdução às histórias em quadrinhos já consta o curriculum do curso de Arte & Antripologia e numa outra universidade francesa, também o assunto é tratado em nível superior. Gaúcho, formado em línguas clássicas, Araújo chegou a Brasília há 4 anos, a convite do escritor Cyro dos Anjos para lecionar Literatura Brasileira. As HQs sempre foram sua paixão e na Universidade tudo começou de forma amadora: Palestras, uma pequena exposição, até que o Departamento de comunicação interessou-se e Araújo passou e o mestre no assunto. Em 1971, esteve em Curitiba, Porto Alegre, Belo Horizonte e Recife falando sobre a evolução das histórias em quadrinhos. No ano passado foi a congressos de estudiosos de << comics >> na Itália (Lucca) e Nova Iorque e este ano pretende publicar em jornais de vários Estados, a coluna que atualmente edita no << Jornal de Brasília >>. Terça-feira dia 30, de passagem por Curitiba, a convite do Centro de Estudos de Comunicação Social da Universidade Federal, ele estará no Teatro do Paiol, falando sobre a situação atual das HQs no Brasil e no mundo.
Enviar novo comentário