Gente
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 14 de janeiro de 1973
São muitos os jovens que sonham em trabalhar no Exterior, principalmente nas 40 escolas de comunicação deste nosso País; se fizemos uma enquete entre os futuros "comunicadores sociais" (principalmente as comunicadoras), 80% das respostas dirá que ali se formam críticos de arte, correspondentes internacionais e "superenviados especiais" em potencial. Mas, concluído o curso, dos poucos que tentam uma carreira nos jornais, revistas e agências - bem menos românticas do que na teoria, raros são os que conseguem a projeção idealizada. Jota Pedro, um catarinense de Gaspar de 26 anos, nunca pisou numa faculdade de comunicação, jamais almejou triunfos internacionais, mas hoje, sem querer, é um dos poucos profissionais brasileiros bem situados na Europa. Há 2 anos, integra o departamento de notícias para a América do Sul, da Rádio, em Berna, onde chegou sem maiores propósitos - mais para conhecer do que para ficar. Repórter da Rádio Independência por muitos anos - na fase em que aquela emissora, sob o comando de Jair de Brito era campeão de audiência em Curitiba, uma pequena experiência na revista "TV-Programas" de seu padrinho e amigo Luiz Renato Ribas (hoje afastado da publicação) e tendo integrado por algum tempo a equipe de imprensa do Ministério da Agricultura, quando o eng. Ivo Arzua ocupava, Jota Pedro (João Pedro Santos 26 anos, solteira) foi a Europa pela primeira vez acompanhando a delegação do Coritiba F.C. Foi gostou, fez um teste na Rádio Nacional da Suíça e, para surpresa, foi aprovado. Agora está lá, sem planos maiores, Veio rever os parentes neste fim de ano mas na próxima semana retorna, inclusive levando gravuras de artistas paranaense para exposição que o adido cultural da Embaixada do Brasil promoverá em várias cidades da Suíça.
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