Gente
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 15 de abril de 1973
Poucos já o viram triste. Ele baseia toda uma filosofia de vida no tom alegre que dá às palavras, à sua sinceridade, à sua dedicação ao serviço. Por isso, sua vida é marcada pela simplicidade, o que faz dele uma das pessoas mais benquistas na Prefeitura de Curitiba . Na opinião de muitos, só tem uma defeito: torce para o Atlético. Para outros, entretanto, esta é uma das maiores entre as suas muitas virtudes. Assim é ULDERICO DELLA BIANCA, que, por designação do prefeito Jaime Lerner, assumiu a presidência do Instituto de Previdência e Assistência aos Servidores do Munícipio de Curitiba, cargo que ocupa internamente desde que o médico Corlolano Silveira da Mota foi nomeado para a direção do Departamento do Bem-Estar Social. Formado em 1953 pela Faculdade de Odontologia da UFP, diz, em tom de brincadeira, que, de canudo na mão, "comecei a me bater por aí". No antigo Departamento Médico e de Assistência, hoje transformado no IPMC, ocupou vários cargos, como chefe do serviço de raio-X, chefe da divisão odontologica, assessor e diretor interino do DMA, assessor da presidência do Instituto, de 1967 a 73 e agora presidente. "foi a escolha mais tranqüila que fizemos" - destacou o prefeito ao empossá-lo. Muito querido pelos funcionários do IPMC, seu rol de amizade estende-se por todos os cantos. É, na verdadeira acepção da palavra, um amigo. Em todas as horas, em qualquer situação sempre com um tom otimista e franco em suas palavras. Ao seu lado ninguém consegue ficar triste. Mas as palavras são poucas para retratar sua personalidade. Às vésperas de um AtléTiba, fica um pouco inquieto. Na segunda-feira, o jogo é assunto obrigatório nas rodas onde ele está. O Atlético pode ter sido goleado, massacrado humilhado, mas ele nunca perde a discussão. Para ele os "coxas" sempre foram "pinhão cozido", na adianta discutir, contestar. Della Bianca é assim. Simples, honesto puro amigo. Em tudo o que faz mesmo que não sinta, ele coloca sempre uma boa dose de amor. Nele tudo é muito espontâneo.
-(Júlio Zaruch)
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