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Aramis

A francesa associação

Economista brilhante, um dos "cérebros" do setor de planejamento do Banco do Desenvolvimento do Paraná, José Zokner é um jornalista amador que poderia ocupar, tranqüilamente, uma cadeira de redator em qualquer jornal do País. Além de há meses editar "Comunicação", bem humorado house-organ do Badep, Zokner está agora cuidando também do "Jornal ABEF", publicação da Associação Brasileira dos Estagiários da Cooperação Técnica Francesa, que reúne mais de 300 conhecidos paranaenses, entre os quais secretários de Estados, presidentes de empresas e até o Prefeito de Curitiba, arquiteto Jaime Lerner. xxx O número dois do "Jornal da ABEF", conta a história da Associação de Cultura Franco-Brasileira (Alliance Française), que começou há exatamente 43 anos, quando na sede da pensão Deamaret (Rua João negrão) foi criado o "Centro Francês do Paraná". Transferido posteriormente para o casarão da família Portes, na Rua Monsenhor Celso, 194, o centro tinha por objetivo "estreitar os laços de amizade franco-brasileira", e reunia sócios tupiniquins, franceses e belgas, que contribuíam com uma quota de 5$00 (5 mil réis). As reuniões eram semanais, às sextas-feiras, e bucolicamente ficavam no chá (ou cafezinho), jogo de xadrez e baralho. Em janeiro de trinta e nove o Centro Francês do Paraná transformou-se em Centro Literário Franco-Brasileiro e pouco antes do início da Guerra surgiu a idéia de fazer funcionar um curso gratuito de francês, com aulas ministradas por dois professores pagos pelo Centro que recebia pequena subvenção do governo francês. A guerra provocou a suspensão da ajuda e, consequentemente das aulas. Entretanto alguns franceses se prontificaram a lecionar gratuitamente, dando continuidade assim, as aulas interrompidas. xxx Em 31 de janeiro de 45 - portanto há 30 anos (e a data passou sem que ninguém se lembrasse do fato), o Centro Literário Franco-Brasileiro e a Aliança Francesa fundiram-se sob a presidência do sr. André Ombredanne, originando-se a atual Associação de Cultura Franco Brasileira. Madame Helene Garfunkel foi encarregada, em 1949, de estruturar a entidade, que em 52 transferiu-se da rua Monsenhor Celso para o edifício Santa Julia, de onde, por falhas do elevador, mudou-se para o edifício Maringá, ali permanecendo por 10 anos. Em abril de sessenta e sete, finalmente foi para o edifício Rio Grande do Sul, na Rua Comendador Araújo, onde se encontra atualmente. Mas em breve haverá nova mudança: como cresceu muito, seu atual diretor executivo, Claude Taschini, já está providenciando sua instalação em nova sede, na Rua Brigadeiro Franco.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Tablóide
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20/02/1975

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