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Aramis

As explicações do secretário Dotti

O secretário Renê Dotti, da Cultura, apressou-se em nos esclarecer que o livro da pianista, professora e pesquisadora Marisa Ferraro Sampaio sobre o compositor Augusto Stresser - e que há quase 4 anos foi estraviada naquela pasta - talvez venha a ser publicado. Embora sem referir-se ao destino das fotos e documentos, material sem duplicata e que, ao contrário do texto, não foi devolvido à autora. Renê diz em carta que nos endereçou no último dia 10: "Desde o início de nossa gestão à frente da Secretaria do Estado da Cultura delegamos atribuições em favor do chefe da Coordenadoria de Pesquisas e Ensino Artístico, para resolver diretamente os problemas da área, como é normal na administração que tenha compromisso de descentralização. Lamento que as entrevistas entre a professora Marisa Ferraro Sampaio e a chefe da Coordenadoria (N.C. Marlene Rodrigues, que deixou o cargo há duas semanas) tenham sido frustradas quanto à edição do livro sobre o compositor Augusto Stresser. Em face da mudança de orientação na aludida Coordenadoria, por mim determinada em razão do afastamento de sua titular, o assunto voltará às pautas do interesse da Secretaria da Cultura. Tal perspectiva é positivada pelo início das atividades, agora em agosto, da Sala Bento Mossurunga, sob a direção do professor Henrique Morozowicz". xxx Em relação a criação de uma divisão para a Música Popular Brasileira - anunciada oficialmente por Renê Dotti na abertura do XV Fercapo - diz o secretário da Cultura: "A idéia surgiu do assessor Claudio Ribeiro - conforme declarei em artigo encaminhado à Folha de Londrina - mas cuja vinculação à Sala Bento Mossurunga ainda não se definiu. Trata-se de uma hipótese de trabalho a ser refletida". "Como opinião pessoal - diz ainda o secretário Dotti - devo dizer que no universo de sensibilidade do nosso querido Bento Mossurunga sempre houve lugar generoso de um setor ou divisão de Música Popular Brasileira no âmbito da Sala Bento Mossurunga, dede que sob a responsabilidade de um conhecedor e incentivador deste gênero musical. E esta escolha ainda não foi feita". xxx É estimulante saber que o secretário Dotti parece estar, realmente, interessado em dar a MPB uma divisão na pasta. Esperamos que em breve nos informe sobre as providências adotadas em relação a localização dos originais do livro da professora Marisa Sampaio (recebida por ele várias vezes e inclusive, segundo diz, convidada a trabalhar junto ao setor de música erudita, "fato que não se efetivou diante de problemas burocráticos para a sua transferência da Escola de Belas Artes"). Afinal, em algum local das dezenas de salas da Secretaria da Cultura deve estar o material! Esperamos também aqui registrar, em breve, as providências tomadas em relação a uma melhor definição das atividades das coordenadorias de Ensino e Pesquisa e Ação Cultural que, até agora, vinha, desenvolvendo, muitas vezes, projetos paralelos. Será um prazer, sempre, noticiar o que de bom é feito na nossa Pasta da Cultura - que já tanto sofreu na administração José Richa.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
3
13/08/1988

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