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Aramis

Duke & as big bands

Maior entre os melhores, Duke Ellington (1899-1974), também vem tendo momentos culminantes de sua obra colocadas no Brasil pela CBS - e aos quais se acrescenta "Up Town", com gravações do período de julho de 1951 a agosto de 1952, época em que as big-bands começavam a sofrer problemas econômicos e os grandes solistas formaram pequenos conjuntos. Duke não só manteve sua big-band, com fez neste período gravações esplêndidas como "A Tone Parallel to Harlem" (do "The Harlem Suite"), "The Mooche", as duas partes do "Controversial Suite", "Skin Deep", "Perdido", sem esquecer o prefixo "Take The "A" Train" (Billy Strayhorn) - na gravação de 30 de junho de 1952, com o vocal de Betty Roché (Wilmington, 9/1/1920), belíssima voz, raramente reconhecida. "Up Town" soma-se a dois outros extraordinários álbuns de Ellington - "At Newport" (gravado ao vivo, em julho de 1956) e "Jazz Party" (sessões informais nos estúdios da Colúmbia, em fevereiro de 1959), colocados também recentemente no Brasil pela CBS. Acrecente-se o "Digital Duke", síntese das gravações que seu filho, Mercer, 69 anos, fez em 1987, para a GRP, com alguns integrantes da banda original do país - mas acrescidos de jovens como Branford Marsalis, Clark Terry, Louie Bellson e outros. A época das big-bands, que tem em Duke Ellington o seu nome maior está registrado também num álbum esplêndido com Harry James e sua orquestra (Imagem/ Musisom), gravado entre outubro/43 a maio de 1946, com diferentes instrumentistas. Um amplo repertório, com standards como "Indiana", "Body and Soul", "I'm Satisfied", "All of Me", no qual Harry James cercava-se dos melhores instrumentistas - e vocalistas como Helen Forrest (em "If That's The Way" e "You Go To My Head"), fazem deste um lançamento precioso. E para quem também fica no jazz dos anos 40/50, indispensável a coletânea "The Bebop Era" (CBS), no qual estão orquestras de Cootie Eilliams, Dizzy Gillespie, Woody Herman, Gene Krupa, o quinteto de Charlie Parker ("Ornithology" e "Round Midnight"), entre os nomes conhecidos no Brasil. Mas há a presença de orquestras como a de Claude Thornhil (nas faixas "Donna Lee", "Yardbird Suite"), Chubby Jackson, Elliot Lawrence e a Metronome All Stars (da qual faziam parte Kai Winding no trombone; Boddy De Franco no clarinete; Stan Getz no sax; Leninie Tristano no piano, etc.), em registros como "Dou Le Date" e "No Figs". Completando esta panorâmica visão de Bebop, Miles Davis e o Tadd Dameron Quintet em "Don't Blame Me". Cada álbum, cada faixa, justificaria uma ampla digressão informativa, pela importância do material registrado - e que agora chega às lojas. O que só não fazemos pela tortura da limitação do espaço.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Música
10
31/07/1988

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