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Aramis

The Doors e Traffic para quem tem menos de 20 anos

Como a geração nascida nos anos 70 é um público vigoroso para o pop da década passada - e também dos anos 60 - a WEA - continua, astutamente com seu projeto "Rock Pesquisa", reiniciado agora com as reedições dos disco do The Doors ("Absolutely Life") e Traffic ("Welcome To Canteen"). O Roco Pesquisa tem um inteligente sistema de marketing: através de consultas junto ao público, jornalistas, radialistas e lojistas, são reunidas as sugestões dos discos que devem ser reeditados. THE DOORS O The Doors durou apenas cinco anos, mas tempo suficiente para que conseguisse ingressar no "hall of fame"do rock como um dos grupos mais revolucionários da época, emplacando nas paradas todos os seus discos. Mesmo após a morte, em 1971, do líder, o poeta Jim Morrison, aos 27 anos de idade, o grupo parece se recusar a desaparecer. A prova é a procura pelos seus discos. "Absolutely Live", que estava inédito no mercado brasileiro, como o nome indica foi gravado ao vivo (em shows em diferentes cidades dos Estados Unidos), entre agosto de 1969 a 9 de junho de 1970 e transmite bem a energia do Doors no palco, uma vez que o disco praticamente não nasceu por processos normais de edição. O álbum reúne sucessos como "Who Do You Love", "Build Me Woman", "Break On Thru 2", além de "The Celebration Of The Wizard" - que se transformou num dos clássicos do grupo. TRAFFIC Foi formado há 20 anos pelos músicos ingleses Steve Winwood, Chris Wood, Jim Capaldi e Dave Mason. De grande importância na chamada fusão rock com rhythm'blues e a tradição folk. Já no primeiro lp, "Fantasy", o grupo mostrava um nível inovador e as canções "Paper Sun", "Hole In My Shoe" e "Feelin Alright", se tornariam clássicos. Em 1968, Dave Mason saiu por discordar da orientação, que considerava muito jazzística. Steve Winwood participou do Blind Faith e do Air Force, de Ginger Baker, enquanto Chris Wood tocava com o Dr. John. Mas em 1970, os três voltariam a se reunir na gravação do lp "Mad Shadows", de Steve Winwood e o álbum seguinte, "John Barley-corn Must Die", trazia uma fusão de jazz, blues, rock e folk considerada impecável pela crítica. A partir daí, o Traffic teve diferentes formações em torno dos três integrantes originais, incluindo Rock Gresch, Jim Gordon e Membros do Muscle Shoals que tornaram os álbuns "On The Road"e "Shoot Out At The Fantasy Factory", cheios de uma energia muito forte. Há dez anos, Winwood partiu para a carreira solo e esse foi o fim do Traffic, um grupo que trouxe, entre outras inovações, uma formação inédita para o rock, reunindo sax, flauta, teclados, guitarras e vocais. "Welcome To The Canteen", que agora é relançado, saiu em 1971. Neste disco estão incluídas "Medicated Good", "Sad And Deep As You", "40.000 Headmen", "Shouldn't Have Took More Than You Gave", "Dear Mr. Fantasy" e "Gimme Some Lovin". LEGENDA FOTO - The Doors: reeditado.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Música
7
17/05/1987
Caro Jornalista, lendo a matéria sobre a reedição do Welcome to the Canteen da banda inglesa Traffic, percebi que o texto carece de exatidão, pois apresenta muitos equívocos sobre a história desta banda.Apresentarei abaixo alguns deles: 1- O Traffic foi formado em 1967, a 40 anos e não 20 como foi publicado. 2- O álbum Mad Shadows seria um projeto solo de Winwwood que chamou Capaldi e Wood, antigos componentes da primeira formação do Traffic e o trabalho acabou sendo o retorno do Traffic em 1970 com o disco sendo rebatizado como John Balencorn must die. 3 - Em 1971 é lançado Welcome to the Canteen, disco gravado ao vivo e que contou com a participação especial de Dave Mason, grande guitarrista e co-fundador do Traffic, que havia se afastado da banda no final da década de 1960. 4- é a partir de Welcome to the Canteen que Jim Gordon e Rick Gresch entram para a formação do Traffic. 5- No final da década de 1970 a banda chega ao fim, posteriormente, em 1994, Winwood e Capaldi se reunem com outros músicos para um retorno do Traffic. Bom... espero contribuir para que os seus futuros textos sobre Traffic se tornem mais consistentes. Abraço, Big Clash

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