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Aramis

As denúncias de Sade

Independente, polêmico e corajoso, o pintor e marchand-de-tablaux Jorge Carlos Sade acaba de ter mais uma vez reconhecido, em nível nacional, a certeza de uma tese defendida: há 2 anos, ao visitar o apartamento do casal Saul Picolli, Sade surpreendeu-se com uma tela atribuída ao pintor Emiliano Di Cavalcanti (1897-1976), pelo qual o empresário havia pago Cr$ 95 mil e que lhe pareceu ser uma obra falsificada. Ao espanto de sade sucedeu-se uma longa novela, viagens ao Rio de Janeiro para acareação com o pintor (que já se encontrava bastante adoentado), processos e até ameaças. Afinal, contratando advogado, Picolli recebeu de volta seus Cr$ 95 mil, acrescidos de correção monetária, da Bolsa de Arte do Rio de Janeiro, que havia vendido o quadro. xxx Agora, com novas denúncias feitas em São Paulo, em relação ao aparecimento de telas falsificadas de Di Cavalcanti, confirma-se a certeza da tese de Jorge Carlos Sade. O curioso é que a "mulata" da questão, depois de devolvida a Bolsa de Arte do Rio de Janeiro, parece ter encontrado novo comprador. Ao menos, Sade a reconheceu no cenário de um anúncio de café recentemente lançado no mercado internacional. xxx Este ano, Sade decidiu reduzir o número de vernissages na Galeria Acaiaca, somente promovendo quatro grandes eventos. A primeira mostra do ano é uma coletiva de verão, com quase 100 diferentes artistas. No dia 12 de abril, haverá a primeira individual: gravuras de José Lima.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Tablóide
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19/01/1977

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