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Aramis

Cinema

Escrevendo sobre "A Turba" (Teatro do Paiol, amanhã, 20 horas), seu realizador, King Vidor (foto), escreveu: "A primeira imagem mostrava um grupo de pessoas entrando e saindo de um grande edifício nova-iorquino depois a câmara mostrava o desenho de inúmeras janelas e a altura de um arranha-céu. Depois ela percorria arranha-céu e seus andares antes de se fixar diante de uma janela através da qual se podia ver centenas de escritórios e empregados. Ela se imobilizava diante de uma mesa e um funcionário: o nosso herói absorvido por tarefas monótonas Esse movimento da camera ilustrava o tema escolhido: um na multidão". O crédito que lhe proporcionara "O Grande Desfile" (The Big Parade, 1925) autorizou King Vidor (nascido no Texas em 1894) a escolher o tempa para "The Crowd" (1928) em que pode dirigir sem imposição um roteiro que escrevera juntamente com J. Weaver e Harry Bem. Seu herói foi um empregado modesto que tentava irrisóriamente elevar-se acima de sua condição e tornava a cair na mediocridade de um grão de areia perdido na multidão. A influência da escola amanhã, mais que a de stroheim, apareceu nos desfiles de arranha-céus de escritórios padronizados na marcha simbólica, contra a maré de um homem que tanta comover uma massa cega. Na última imagem, Vidor apresentava ao público como um espelho, um circo em que centenas de espectadores eram sacudidos por um riso escúpido e frenético Encerrando a mostra Tesouro da Cinemateca Francesa este filme tem um significado especial: considerado uma obra-prima de Vidor, foi também um sucesso comercial: arrecadou um milhão de dólares, duas mais do que custou ao produtor Irving Thalberg e a MGM.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Nenhum
1
08/04/1973

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