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Aramis

A Cidade & O Tempo

Amparada na aprovação unânime dos membros do Conselho do Patrimônio Histórico e Artístico, em sua 28a reunião realizada no entardecer de sexta-feira, o arquiteto Sergio Todeschini Alves, em conjunto com a Prefeitura, vai passar a termos rígidos a fiscalização na colocação de placas e propagandas na Rua XV de Novembro, entre as praças Osório e Santos Andrade, cujas fachadas foram tombadas em 11 de março de 1974. E o primeiro exemplo de falta de estética e deturpação do espírito de preservação da beleza original que deve ser mantida na Rua das Flores já começa a ter a sua punição: a loja "Paulistana Modas", que colocou uma imensa placa e propaganda no prédio n o 452, contrariando a lei 1211 de 16 de setembro de 1953, será multada pelo Departamento do Patrimônio Histórico e Artístico da SEC, que, vai estender sua ação saneadora a toda a extensão da Rua XV de Novembro, onde são muitos os exemplos de mau gosto e falta de estética - na poluição visual de um setor hoje destinado exclusivamente aos pedestres. Mas não será apenas o sentido punitivo que motivará os comerciantes e proprietários dos valorizadíssimos imóveis da Rua XV de Novembro a sensibilizarem-se a colaborarem com a preservação das fachadas originais. Por isto sairá, nos próximos dias, um decreto municipal que concederá isenção do Imposto Predial - lançado aos proprietários mas normalmente coberto pelos inquilinos - a todos que reformarem as fachadas dos prédios dentro das normas estabelecidas pelo Patrimônio Histórico, ao qual também serão submetidos os projetos de placas e propagandas. Muitos exemplos internacionais - principalmente de cidades da Inglaterra, França e Itália, amparam a decisão do DPHA e da Prefeitura, no sentido de que a cidade percorre o pouco que resta de representação da arquitetura de uma época. E que lamentavelmente vai desaparecendo. Por exemplo, ainda agora um dos mais bonitos casarões da Rua XV, defronte o Banestado - este totalmente restaurado - vai desaparecer sem que a bela construção possa ser preservada. O município diz que não dispõe de recursos para sua desapropriação.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
4
01/09/1974

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