As (boas) intenções de Angel
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 17 de abril de 1977
Com muitas (boas) intenções, o boliviano Angel Bernard Acho assumiu a diretoria executiva da Fundação Cultural e já na terça-feira viaja a Brasília - para contatos e discutir projetos. Arquiteto do IPPUC, depois integrado a equipe de Vicente de Castro na Coordenação da Região Metropolitana, Angel é sobretudo um homem de planejamento, que assume a FCC num momento difícil - em que o gigantismo burocrático prejudica uma entidade que, nascida há apenas 4 anos deveria ser ágil e dinâmica.
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Um dos projetos de Angel é tornar ao menos algumas unidades auto-suficientes, uma vez que o custo operacional da Fundação tem crescido a cada ano. Assim, a agilização de atividades econômicas está em seus planos e uma das primeiras formas de concretizá-los será a transferência para a FCC de unidades capazes de permitirem rendimento. A primeira experiência será com o Parque do Barigüi, hoje abandonado e desvirtuado das finalidades com que foi criado - com um projeto desenvolvido entre 1973/74, pelo arquiteto Lubomir Ficinski, hoje novamente na presidência do IPPUC.
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Infelizmente, até agora os aparelhos de ar condicionado continuam a ser apenas sonhos distantes dos artistas e freqüentadores do tórrido Teatro Universitário, na galeria Júlio Moreira. Anunciou-se bastante a compra dos aparelhos, mas até agora só existe o buraco para suas instalações. E o calor que ali faz prejudica as temporadas, como a série "Seis e Meia", que Celso Locher e o bom Lápis encerraram sexta-feira e as apresentações da peça infantil "O Gato Malandro" de Regis Rodrigo (hoje, 16 horas).
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