"Banda Rouge" põe a banda Polaca na avenida dia 26
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 09 de janeiro de 1989
Após cinco anos de inatividade, retorna uma das mais originais atrações de nosso Carnaval: a Banda Polaca, idealizada em 1975, por um grupo de irreverentes carnavalescos e que saiu nas ruas reunindo os mais diferentes foliões, numa integração social, e, sobretudo carnavalesca. Até o cônsul polonês, na época, protestou contra o nome dado a banda, mas acabou concordando que a mesma não tinha nada para ofender a brava raça eslava. Ao contrário, numa de suas edições, a rainha da festa foi uma bela, sensual e animada consulesa - hoje radicada em Brasília
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Agora, a Banda Polaca ressurge com outra organização: a vereadora Rosa Maria Chiamulera, para compensar a dor-de-cabeça que teve nas eleições para a Câmara, resolveu cair na folia e como ativa presidenta do Boca Rouge, aceitou a idéia de uma de suas integrantes a poeta Gladys Gava França e decidiu que as mulheres vão colocar a banda na avenida no próximo dia 26 - uma semana antes do Carnaval. No Círculo Militar do Paraná já aconteceram três reuniões de uma comissão que fará todos os esforços (possíveis) para tentar disciplinar aquilo que, por sua própria natureza, deve ser indisciplinado: uma banda carnavalesca. Os corajosos integrantes da comissão são Anfrísio Siqueira - que como presidente da Boca Maldita é, naturalmente, o líder do grupo; colunista Wilde Martine; Armando Braga (que será responsável pela segurança, considerando sua ampla experiência na área), jornalista Pedro Lima e os irmãos Gláucio e Amadeo Geara - este o ocupadíssimo secretário municipal de Turismo, que ganhou do prefeito Jaime Lerner um belíssimo abacaxi: organizar o carnaval curitibano.
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A Banda Polaca saiu pela primeira vez em 1975. Graças ao entusiasmo de um grupo que a idealizou - entre eles Anfrísio Siqueira e o chargista Dante Mendonça - se tornou um modismo, na qual se integraram muitas colunáveis - charmosas, cheirosas e com trajes reduzidíssimos para entusiasmar a galera. Duas consulesas vibraram como nos anos de ouro da banda - uma delas, sendo eleita sua rainha. Agora, este título será disputado pelo menos por três conhecidas colunáveis. A favorita é a poeta Gladys Gama França, autora dos livros "É Necessário que Haja", "...De Repente", "Apenas uma Mulher", "Afeto sem Retoques", e em fase de produção "Delírios e Furacões Humanos". Para provar que é boa não só de poesia mas de samba, Gladys está freqüentando uma escola de samba na Vila Pinto para aprimorar sua técnica.
LEGENDA FOTO - Gladys: a poeta com samba no pé será a rainha da Banda Polaca, edição 89
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