Artigo em 20.11.1974
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 20 de novembro de 1974
Duas das melhores cantoras brasileiras estão com novos discos na praça desde ontem: Elis Regina e Maria Bethania. Depois do antológico lp gravado nos EUA, com o compositor-pianista Antonio Carlos Jobim, Elis faz o seu [álbum] individual, onde ao lado de clássicos como "Na Batucada da Vida" (Ary Barroso-Luiz Peixoto) e "Maria Rosa" (Lupicinio Rodrigues-Alcides Gonçaves), mostra novas (e belas) composições de Milton Nascimento ("Conversando no Bar"), "Ponta de Areia"), João Bosco ("O Mestre Sala dos Mares", "Dois Prá Lá, Dois Prá Cá" e "Caça à Raposa") e Gilberto Gil ("O Amor Até o Fim" e "O Compositor Me Disse").
Já "A Cena Muda", título de seu último show/disco, traz Maria Bethania (transmitido pela Iguaçu, com exclusividade, desde segunda-feira) em toda sua garra e sensibilidade, num repertório da mais alta qualidade. Por exemplo, Bethania - que dia 1º encerra sua temporada em teatro, na Guanabara, descansando depois na Bahia e só voltando a se apresentar a partir de março/75, quando virá para o auditório Bento Munhoz da Rocha Neto - recria a mais bela música de Paulinho da Viola, "Sinal Fechado", integrada [à] sincera "Roda Viva" de Chico Buarque. Com estes 2 lps - mais os discos de Chico e Gil que saem nos próximos dias - a Phonogram enfrenta a CBS, com Roberto Carlos, na musical batalha das vendas que entra em escalada nos últimos meses do ano.
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