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Aramis

Artigo em 06.10.1981

Há mais de 30 anos que Armando Maranhão faz teatro em Curitiba. Chegou aqui ainda garoto, vindo de São Luís e desde então não parou mais de trabalhar. Integrou a equipe de idealistas jovens que fundaram o Teatro do Estudante do Paraná e enquanto todos os seus companheiros acabaram partindo para outros campos, mais gratificantes financeiramente, Maranhão se manteve fiel ao teatro. Amigo pessoal de Paschoal Carlos Magno, esteve presente em todos os festivais e manifestações artísticas que o "Embaixador da Cultura" promoveu em sua longa vida. Foi Paschoal quem também ofereceu uma bolsa de estudos para Maranhão estagiar na Itália. Único aluno da Escola de Música e Belas Artes do Paraná a se formar no curso de escultura, se desconhecem trabalhos de escultura de Armando. Em compensação, há 3 décadas que não passa um semestre sem que Maranhão não monte (ou remonte) alguma peça, quase sempre destinada ao público infantil. Pelo menos mais de 30 atores e atrizes que trilharam os caminhos do (semi) profissionalismo, começaram em seus espetáculos. Apesar da morte de seu padrinho Paschoal Carlos Magno, Maranhão não deixa de comparecer aos festivais: em julho último, levou uma encenação de "Eles Não Usam Black Tie" a IV mostra Nacional de Teatro de Campina Grande, na Paraíba e no ano passado, com "Somos Todos do Jardim de Infância", de Domingos de Oliveira, o TEP esteve no festival de Feira de Santana, na Bahia. Apesar de "Eles Não Usam Black Tie" [estar] em evidência - afinal, o filme que deu o Leão de Ouro a Leon Hirzmann, estréia dia 8, no Plaza - estranhamente, a direção do Festival Nacional de Teatro Amador, em Ponta Grossa, em sua nona edição, não aceitou que Maranhão participasse com esta peça, "dando preferência a grupos de fora", como ele se queixa. xxx Atualmente, Maranhão vem se dedicando [a] encenações nos bairros da cidade, que julga mais carentes de opções culturais. Trabalhando com crianças do Colégio Bom Jesus, onde é professor de teatro, Armando escreveu uma peça intitulada "O cântico dos Animais" (O irmão Chiquinho), como homenagem ao 8o centenário de nascimento de São Francisco de Assis, que transcorreu dia 4, domingo. Até agora Armando ainda não se decidiu a montar esta peça, com uma linguagem simples e comunicativa, mas cujo texto acaba de sair na coleção "Encenações Franciscanas", orientada por frei Paulo Back, OFM. Lota Moncada além de interpretar a personagem Alaíde em "Vestido de Noiva", de Nelson Rodrigues, na encenação que Luthero Almeida está fazendo nesta peça (inédita em Curitiba), diversificando suas atividades. Solteira, novamente - após assessorar a Acorde na promoção do concerto do violonista Sebastião Tapajós, Lota decidiu transmitir aos interessados o que aprendeu sobre memorização. Assim, vai orientar dois cursos na Fundação Cultural, com inscrições a Cr$ 3 mil.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
6
06/10/1981

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