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Aramis

Artigo em 03.08.1975

Pedro Ricardo Doria, assistente do presidente da Companhia Paranaense de Energia Elétrica, foi durante muitos anos editor de economia de O ESTADO, sendo aliás um dos primeiros jornalistas a se especializar neste setor. Seus compromissos com o magistério e na Copel, da qual é um dos mais antigos executivos, levaram-no a deixar o jornalismo - mas não esqueceu a objetividade que o caracterizou, quinze anos passados, como um analista seguro dos mais diversos aspectos da economia paranaense. Uma prova disto está num ensaio de vinte páginas que ocupa a metade do número 46 da Revista Paranaense de Desenvolvimento, relativa aos meses de janeiro-fevereiro;75, só agora circulando. Aliás, apesar do atraso, não deixa de ser admirável que o Badep venha mantendo esta publicação de estudos econômicos - a única existente no Paraná. A bíblia internacional dos publicitários, Advertsing Age, destacou em sua edição de 16 de julho último, a campanha que a DPZ, de São Paulo, criou para a General Motors comemorar os seus cinqüenta anos no Brasil. A Agência de Duailibi, Petit e Zagaragoza, convocou personalidades de vários setores para anúncios de páginas duplas, dando depoimentos sobre os veículos da GM. Só que na ilustração aproveitada pela Advertising Age é apresentado o anúncio em que o cantor Orlando Silva dizia "O carro mais lindo que eu já tive foi um Chevrolet 1968" e na legenda saiu "show in this color magazine spread is Brazil's most widely know poet. Vinicius de Moraes". Elizabeth Mader do Amaral Gurgel, que no próximo dia 21 estará autogafando seu primeiro livro ("Coisas" edição Grafipar) na galeria Acaiaca, não é apenas uma menininha bonita e rica que se dá ao luxo de financiar a edição de suas poesias de primaveril fase romântica. Ao contrário, como diz a jornalista Rosv de Sá Cardoso, "se filho de peixe é peixinho, neto - ou neta - também o é". A prova é que Bebéti, estudante de Comunicações da Universidade Federal, é neta de Heitor Luiz do Amaral Gurgel, poeta e historiador, membro do Instituto Histórico de Niterói e imortal da Academia Fluminense de Letas, com inúmeros trabalhos publicados, em prosa e verso, destacando-se "Uma família carioca do século XVI" e "Paraty" - Caminho do Ouro". Desde ontem o professor Miroslau Constante Baranski, da Cadeira de Doenças Infecciosas e Parasitárias da Universidade Federal do Paraná e da Faculdade Evangélica de Medicina, está em Manaus. A convite da Universidade Federal Amazonense foi lecionar a cadeira de Epidemiologia num curso de Medicina do trabalho que a UFP organizou para a congênere do Amazonas. Assim, vinte professores paranaenses irão conhecer a Amazônia para darem aulas. O professor Baranski foi reeleito, há poucos dias, para representar o Setor de Ensino e Pesquisa da UFP e, este ano, é o patrono da terceira turma de médicos que se diploma pela Faculdade Evangélica. O advogado Carlos Francisco Solheide, atual diretor do Departamento de Relações Públicas e Promoções da Prefeitura assume dentro de alguns dias a direção executiva da Fundação Cultural Assessor do engenheiro Ivo Arzua Pereira, quando ministro da Agricultura, Solheide - comunicativo e bem humorado, além de excelente executante de gaita de boca - foi, ao lado de Reinhold Stephanes (hoje presidente do INPS), o único integrante do staff do ex0prefeito convidado a permanecer no Rio, quando Ivo retornou a Curitiba. Depois de fazer a liquidação dos Institutos d Madeira e do Mate, Solheide coordenou a liquidação de uma série de empresas de seguros, num trabalho que mereceu muitos elogios. Só por razões particulares é que voltou - há alguns meses - ao Paraná, sendo imediatamente aproveitado na direção do DRPP, que se encontrava acéfala. No mundo plástico paranaense, Nilo Previdi, 62 anos, é polêmico, mas estimado. Desde 1950 vem aparecendo em salões oficiais, tendo recebido inclusive alguns prêmios, mas foi como fundador de Centro de Gravuras do Paraná que ficou conhecido. No porão da Escola de Música e Belas Artes, na Rua Emiliano Perneta, desenvolveu durante anos atividades que hoje já estão nas lendas de nossa vida artística, se não pelos resultados artísticos ao menos pelo lado humano. Despejado daquele endereço e não tendo conseguido sensibilizar nenhuma das instituições oficiais desta Cidade sem Portas a abrigar o seu Centro de Gravuras, Previde não teve outro recurso: destinou duas salas de sua residência, na Rua Amintas de Barros, 613, onde além de continuar a manter o seu Centro, ainda instalou um local para que os jovens (e marginalizados) jovens artistas, mostrem os seus trabalhos. E Previdi faz um convite: quem quiser, apareça! Há três anos, o cenógrafo e ator José Vedovato, após duas tentativas frustrantes de fazer cinema no Paraná. "Maré Alta (1968, produção do coronel Rubens Mendes de Moraes) e "As Aventuras de Flip e Flop" (1970), fez uma terceira incursão neste movediço setor. E com recursos levantados junto ao distribuidor Leo Gasparim (proprietário do Chopão 70 e do inferninho Galo's). Vedovato rodou " ... E Ninguém Ficou de Pé". Com os irmãos Queirolo e mais a equipe de lutadores do Tele-Catche, o bang-bang caboclo foi filmado na cidade de Campo do Tenente. Só depois de 18 meses o INC concedeu o Certificado de Boa Qualidade e a censura o liberou, e foi lançado meses atrás, sem qualquer promoção, no cine Glória. Tão mal divulgado que nem os próprios atores chegaram a ver o filme. Agora, uma nova chance: a partir de quarta-feira, ..."E Ninguém Ficou de Pé" volta em programa duplo no Arlequim, em sessões corridas à partir das 12 horas.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
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Tablóide
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03/08/1975

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