Alcione e Joanna cantam para seus públicos fiéis
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 23 de dezembro de 1989
Duas cantoras de público seguro, que mesmo com repertórios óbvios garantem boas vendagens: Alcione ("Simplesmente Marrom") e Joanna, ambas em lançamento da Barclay/Ariola (ex-RCA). Cada uma a sua maneira, explorando a sensualidade e com músicas condicionadas a um romantismo pré-fabricado, possuem uma certa luminosidade própria. Paulo Massadas e Michael Sullivan estão presentes nos repertórios das duas intérpretes: com a já conhecida "Nem morta" ou "Estranha loucura" no elepê de Alcione; com "Quem viver verá" e "Olho por olho" no disco de Joanna.
Mas outros autores também dizem presente. No caso de Alcione, fiel à identificação ao samba, temos uma parceria João Nogueira-Mauro Duarte-Paulo Cesar Pinheiro ("Um ser de luz"), Martinho da Vila ("Roda Ciranda", com participação de Maria Bethânia) e Nei Lopes/Dauro do Salgueiro ("Raio de luar"), afora Mauro Duarte/Paulo Cesar Pinheiro na exaltação à "Mangueira, Estação Primeira". Alcione não resiste e gravou também bregas (José Augusto, Chico Roque, Carlos Colla, Franco, Reginaldo Bessa), que também comparecem, naturalmente, no repertório de Joanna: Chico Roque e Paulo Sérgio Valle (quem diria, para aquele que foi autor de "Viola Enluarada" e "Samba de verão"), autores de "Ouvindo estrelas"; ou Maurício Duboc/Herivelto Barros, em "Verso e canção", neste com a parceria de outro Vale - Paulo Sérgio. Naturalmente, não faltam as composições da própria Joanna - "Luz acesa", "Remelexo", "Neblina", "Meu jogo" e "Nunca sofri por amor", esta última parceria com Cazuza.
Enviar novo comentário