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Aramis

Agora os cantos de Marinho & Paulo ao alcance de todos

A partir desta semana, "Onze Cantos", de Marinho Gallera & Paulo Vitola, o melhor disco já produzido no Paraná e um dos melhores lançamentos de 1979, deixa de ser privilégio apenas dos clientes e amigos da Multipla - Propaganda e Pesquisa, que co-financiou a edição, como brinde de Natal. Com encarte modificado, sem referência à agência (da qual Paulinho é diretor de criação), mas a mesma e bela capa idealizada por Desidério Pansera, "Onze Cantos" estará à venda inicialmente nas lojas Brunetti. xxx Como já escrevemos por mais de uma vez, Paulinho & Marinho colocaram em "Onze Cantos" uma síntese de um trabalho da maior qualidade, desenvolvido ao longo de vários anos de parceria constante e amiga. Marinho canta a maioria das músicas, embora a voz suave de Vítola também se faça ouvir em alguns momentos. Os melhores instrumentistas da cidade - Fernando Montanari (piano, rhodes), José Antônio Boldrini (baixo), Hélio Santana (bateria), Paulino Teixeira (guitarra), Sy Barreto (baixo), Maurici, Carlos Freitas (bateria e percussão), Milton Ribeiro (sanfona), entre outros, além de vocais - Paulo Chaves, Reinaldo Godinho, Angela e Fábio Monteny, ajudaram a fazer de cada uma das faixas um momento especial, mostrando que se pode produzir aqui um disco da maior qualidade. "Noturno" , "Veracidade", "Quatro Tempos", "Beguine do Mercado", "Meia Porta", "Balaio Cheio", "Rockoisa", "Anúncio Classificado", "Fim de Fevereiro", "Águas Claras" e "Motivo" são os "Onze Cantos" deste elepê produzido com amor e garra, maioridade de uma dupla do maior talento. xxx Paulo Vitola continua a produzir muito, não apenas na publicidade, mas também em música e agora teatro. Já aprontou um musical infantil, "O Bicho homem, como é, que será", e trabalha atualmente em "Festa da Cumieira". O musical infantil tem idéias excelentes e deverá ser um dos bons espetáculos de 80. Já "Festa da Cumieira" é uma proposta nova, desenvolvida a partir de uma experiência humana e social que Paulo Vitola teve no bairro do Boqueirão, no contato com uma comunidade de pessoas vindas do Interior e que lhe impressionou bastante. Identificando-se com seus problemas, procurando apresentar um espetáculo real, de alto sentido humano, começou a pensar numa forma de fazer com que o maior número possível de pessoas entenda melhor o que ocorre com as milhares de pessoas que, deixando a zona rural, vêm para as periferias das grandes cidades. Paulinho criou um texto que, após algumas apresentações na própria comunidade, poderá ter um grande impacto quando for visto pelo público dito sofisticado, urbano. Uma mostra de toda a grandeza de alma e coração deste nosso talento.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Tablóide
6
30/01/1980

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